SÍRIA batalha na Quseir, Assad “cético” na iniciativa de paz
Adicionar legendaRumo ao bastião de Quseir |
O exército Sírio está envolvido
em intensa luta contra forças antigovernamentais, pretendendo assumir o
controle total da fortaleza rebelde de Quseir (Jerash), centro estratégico da
província de Homs. Fontes independentes anunciaram que as tropas de Damasco já
entraram no centro, erguendo a bandeira Síria sobre a Prefeitura e os edifícios
circundantes. Lutas estão ainda em curso em vários distritos de Quseir, onde
insurgentes lutando por quase dois anos contra o Presidente Bashar al-Assad
continuariam a opor uma resistência"feroz" aos soldados do governo.
Ataque do exército seria aberto em três frentes – Sul, leste e nordeste –
resultando em fuga dos insurgentes, incluindo uma centena que foram mortos de
acordo com relatórios oficiais. Enquanto autoridades sírias afirmam ter deixado
um corredor para os civis, a noroeste da
cidade, as forças anti-governamentais falam de um "cerco total que está
sufocando as populações".
É difícil falar em vítimas da luta pela terra e ar. O
Observatório sírio para direitos humanos (Osdh), sediado em Londres, referia ontem
pelo menos 55 pessoas mortas em Quseir, a maioria civis. A estes devemos
adicionar 23 forças especiais combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah,
aliado histórico de Assad com tropas de Damasco no assalto à cidade
estratégica, que se encontra ao longo da estrada entre a capital, cidades
costeiras de pro-Assad e a cidade de Homs. A Coligação Nacional Sírio (Cns), a
maior contra a oposição, denunciava "a tentativa de desaparecer do mapa a
cidade de Quseir e seus habitantes (cerca de 30.000) e pediu uma reunião
urgente da Liga Árabe para "parar o massacre".
O outro aspecto refere-se a
participação do Hezbollah na frente dos combates, poucas horas depois de uma
declaração em que o governo sírio tinha garantido que "não estamos usando
qualquer lutador vindo do exterior ou de
outras nacionalidades." O executivo acrescentou que Damasco "não
precisa de qualquer apoio de outros árabes e de outras nações". Entretanto,
nas últimas horas, vizinhos de Israel, o exército anunciou que torce de tiros
vindo da Síria chegou as colinas de Golã, mas não causou danos ou lesões.
Numa entrevista dada pelo
presidente Assad para a Agência de notícias oficial Argentina Telam 'e' diário
'Clarín', ele rejeitou a possibilidade de se aposentar da cena política.
"Demitir-se seria fugir", disse o chefe de estado, acrescentando que "a
questão será o povo sírio a decidir as presidenciais de 2014". Na semana
passada, tinha aberto uma janela de oportunidade antes do final do mês, com a
convocação de uma conferência internacional, patrocinada por Washington e
Moscovo para promover uma solução negociada para a guerra civil do país do
Oriente Médio. Assad disse que estava "cético" sobre a iniciativa,
acusando um número de países ocidentais "que não seria realmente uma
solução para a Síria" e outras potências de "apoio ao
terrorismo". Enquanto isso a oposição, que tem ainda para decidir sobre
sua participação na conferência, advertiu que "o assalto Quseir faz questionar
qualquer tentativa de paz". MISNA 20 de maio de 2013
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