Política, dignidade humana e ecologia
Política,
dignidade humana e ecologia
Abro as páginas dos jornais, de qualquer
jornal. Sobressaem a política, o desvario dos homens que não respeitam a
dignidade do ser humano e o descalabro ecológico.
Na política – que deveria ser a arte de
organizar a pólis, a nação – assiste-se a uma luta desenfreada pelo poder, a
qualquer custo: como se de dividendos se tratasse. É que interessa o poder para
guindar o Partido ao 1º lugar e o acesso às somas abonatórias de quem detém o
poder para se governar. Ainda que se fala do “coitadinho do povo que está cada
vez mais miserável”, é choradeira de mau gosto, pois quando apanharem o poder,
fazem como os outros. Se as Caimão falassem, se os offshores gritassem… nem dormiríamos,
com o espectáculo!
Quanto à dignidade do ser humano ela não
ultrapassa a célebre frase da Idede Média – homo homini lupus -, ou do espaço
geográfico que se classificava: hic sunt leones! Leões, tigres, abutres, aves
de rapina, pistoleiros, armas brancas, cabeças de encapuzados por vergonha,
tentando mostrar o que não são, isto é, homens, bestas de arma aperrada porque
o que devia ser irmão pela sua dignidade humana, não passa de um “inimigo a
abater”: no trabalho, na escola, na oficina, em casa, na multidão ou na
solidão…
O descalabro ecológico! Águas inquinadas,
peixes mortos, crianças doentes e moribundas, água potável insuficiente porque
desperdiçada nas regas exageradas, lavando carros nas ruas, nas lavandarias,
nos rios conspurcados pelos despejos de fábricas. Árvores abatidas nos jardins
ou nas grandes florestas que são os pulmões da humanidade! O sol abrasador e o
frio intenso que minam a saúde sobretudo de crianças e velhos. Os glaciares
desfazendo-se por efeitos da libertação da camada de ozónio…
Políticia = poder e ganância; dignidade
humana = ser humano escravo de si mesmo; descalabro ecológico = morte à vida!
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