PORTUGAL Castanhas, cerejas e maçãs.

Castanhas, cerejas e maçãs 
Em meados de Junho botei-me para o norte de Portugal, em direcção a Trás-os-Montes, região que eu aprecio por muitos motivos, como a variada e preciosa culinária, o sentido acolhedor das suas gentes, que pouco abundam agora em número nas aldeias e cidades.
Localizei-me em Lamego, uma cidadezinha onde damos de caras com o novo Hospital, vindo pela A24 a partir de Viseu. Deparei com bastantes autocarros e interroguei-me o porquê e donde  viriam. Alguém depois me informou que deveriam vir do Festival das cerejas, de Lamego. E gostei de saber. Numerosas aldeias e vilas celebram o festival das colheitas e recursos  principais da zona: cerejas, cebolas, amendoeiras, enchidos, alheiras, bom fumeiro,… E é verdade. É preciso chamar a atenção para o que nós produzimos e não julgarmos que a batata ou a cenoura são melhores nos supermercados porque são estrangeiros. Consumamos o que é nosso. Demos trabalho aos que dele têm necessidade para sobreviver. Exportemos, para criar riqueza.

Lamego, Armamar, Moimenta da Beira, Mondim da Beira, Resende, Tarouca, são terras de muitos e lindos pomares. Abundam as macieiras, castanheiros, cerejeiras, e produtos hortícolas. Quase tudo bem trabalhado. De distinguir Bretiande com a exportação de maçã… Gosto de ver e de sentir-me feliz com este povo que se atira para o futuro mesmo investindo quando tantos cruzam os braços. Lembro a confiança no futuro que me expressaram os amigos de Bretiande, quando me disseram  que iam aumentar o seu pomar. Para a frente é que fica o Portugal dos verdadeiros portugueses… estamos não à beira dum abismo para cair, mas à beira duma planície para sobreviver e viver…

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