PAQUISTÃO Jovem Malala continua a ser um alvo a abater para os talibãs
Malala |
Os
talibã do Paquistão garantem que vão continuar a tentar matar Malala Yousafzai,
a jovem paquistanesa que em 2012 sobreviveu a um tiro na cabeça,
tendo-se tornado um símbolo da luta pelos direitos das mulheres e pelo acesso à
educação. Em afirmações citadas
pela imprensa inglesa, o porta-voz dos talibã garante que o grupo continua a
considerar Malala um alvo a abater: “Ela admitiu que atacou o Islão e por isso
tentámos matá-la. Se tivermos outra oportunidade matamo-la de certeza e
ficaremos orgulhosos por isso”.
“O
Islão proíbe matar mulheres, excepto aquelas que apoiam os infiéis na sua
guerra contra a nossa religião”, acrescentou Shahidullah Shahid. As afirmações dos talibã revelam que
Malala, de apenas 16 anos, continua em perigo. A jovem paquistanesa
vive actualmente no Reino Unido, para onde foi levada depois da tentativa de
assassinato. No dia em que completou 16 anos, Malala discursou perante a
Assembleia Geral das Nações Unidas, defendendo o direito à educação.
A
adolescente activista que os talibã tentaram assassinar, pela forma como
criticava os extremistas e defendia o direito universal à educação, incluindo
para raparigas, é candidata ao prémio Nobel e ganhou o estatuto de heroína no
mundo ocidental.
Não
obstante as ameaças, Malala garante, em entrevista à BBC, que quer voltar ao
Paquistão depois de concluir os seus estudos superiores.
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