AUTORITARISMOS Regimes autoritários ameaçam liberdade mundial





AUTORITARISMOS
Regimes autoritários ameaçam liberdade mundial
Com medo do autoritarismo e da ditadura, abandonamos o civismo29/01/2015 | 07:06
As técnicas agressivas dos regimes autoritários e os atentados terroristas fizeram recuar a liberdade no mundo em 2014, revela uma investigação do centro de estudos Freedom House

Pelo nono ano consecutivo, a organização não governamental Freedom House, que faz o acompanhamento dos direitos políticos e das liberdades civis no mundo, constatou a existência de um declínio geral da liberdade mundial. Em 2014, voltou a verificar-se um retrocesso na autonomia e nos direitos fundamentais dos cidadãos, devido às técnicas agressivas dos regimes autoritários e aos inúmeros atentados terroristas. «A aceitação da democracia como forma dominante de governo e de um sistema internacional construído sobre os ideais democráticos está sob a maior ameaça dos últimos 25 anos», lamentou o vice-presidente do departamento do investigação De Freedom House, Arch Puddington. 
«Até há pouco tempo, a maioria dos regimes autoritários diziam respeitar os acordos internacionais, os direitos humanos, e cumprir com as normas para a realização de eleições competitivas. Hoje em dia, defendem a superioridade do que equivale a um regime de partido único e procuram libertar-se das limitações dos princípios diplomáticos fundamentais», sublinhou o responsável. 
Segundo o estudo, dos 195 países avaliados, 61 registaram retrocessos em matéria de liberdade, contra 33 que revelaram melhorias. Em geral, as perdas de liberdade verificaram-se na liberdade de expressão, na sociedade civil e no estado de direito, devido a uma maior vigilância estatal e às restrições na internet. 
As regiões do Médio Oriente e Norte de África são as piores do mundo em matéria de liberdade, enquanto a Síria é o país com o nível mais baixo de autonomia civil, conseguindo em 2014 um resultado que nenhum país tinha alcançado na última década. No lote de países considerados «não livres», destacam-se as más prestações da República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Eritreia, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Turquemenistão e Uzbequistão

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