NIGÉRIA CRISTÃOS um genocídio monstruoso por Armando Soares
NIGÉRIA
CRISTÃOS um genocídio monstruoso por Armando Soares
Armando Soares, Padre e Jornalista |
No
dia 16 outubro 2014 o missionário Padre Juan Carlos, escreveu: “cristãos
queimados vivos na Nigéria: a indiferença internacional perante um holocausto
monstruoso”. O missionário denunciou o silêncio da opinião pública
internacional perante factos que fazem lembrar os episódios mais hediondos de
campos de exterminação nazis.
Os
cristãos na Nigéria sofrem há mais de 10 anos a perseguição. As inúmeras fotos
que documentam a violação aterradora dos direitos humanos são excluídas das
publicações como “pornográficas”, “violentas” ou “inadequadas”.
Esta
exclusão dos meios de comunicação comunicação social é classificada pelo
missionário como um atentado à liberdade de expressão e um insulto descarado às
500 vítimas de um episódio brutal (na altura, era o mais recente) das vítimas
massacradas pelo terror islâmico simplesmente por serem cristãos. E os
massacres continuam porque os meios de comunicação escondem a verdade
promovendo a indiferença da comunidade internacional perante este holocausto
monstruoso. Uma espécie de covardia do mundo ocidental contra o terrorismo
islâmico. E pergunta: “Que aconteceria se fosse um massacre de muçulmanos
perpetrado por cristãos numa mesquita”?
Ontem
finalmente, o ocidente terá aberto os olhos e cerca de 4 milhões de pessoas de
todos os credos e classes sociais e governantes se reuniram em marcha
silenciosa em Paris manifestando a determinação de lutar contra o terrorismo
após o massacre de cartoonistas do jornal “Charlie Hebdo”. Um massacre
organizado, planificado, por jidaístas fortemente armados. O ocidente terá
mesmo acordado? E prometeram tomar medidas. Ninguém está seguro perante as
muitas ameaças.
E
os jornais da semana passada, (escrevo em 12 janeiro 2015) trazem as últimas
notícias da Nigéria, uma das quais, porventura a mais horrorosa depois do 11 de
Setembro: o grupo “Boko Haram” acaba de efectuar o mais sangrento massacre da
sua campanha. Matou cerca de 2.000 pessoas na tomada da cidade de Baga, no
nordeste da Nigéria. A cidade, com cerca de dez mil habitantes caiu nas mãos
dos radicais do Boko Haram depois de combater as forças militares que defendiam
Baga. Além deste ataque houve outros em várias aldeias e na cidade de
Maiduguri, com duas crianças bombistas suicidas que fizeram alguns mortos num
mercado.
Baga
já não existe: foi saqueada, incendiada, destruída, “corpos espalhados pelas
ruas a apodrecer” e os habitantes em fuga perseguidos de motorizada e mortos a
tiro. “Muitos corpos mortos no chão”, “cidade toda em chamas”, “mulheres e
crianças a gritar por ajuda” e “a matança indiscriminada”, referem os que
escaparam. Milhares de fugitivos a morrer de fome, frio e malária.
“Com
a conquista de Baga, o Boko Haram, controla um lugar estratégico da fronteira
da Nigéria com o Chade, o Níger e os Camarões, para expandir o seu califado
islâmico no Nordeste da Nigéria.
A
Maiduguri, capital do estado de Borno, terão chegado milhares de fugitivos.
Olhando
para trás nestes 10 anos têm sido muito frequentes os episódios sangrentos
contra cristãos: pessoas mortas devido à sua etnia ou religião. Desde 2010 mais
de 3 mil vítimas nos estados de Plateau
e Kaduna. Em Março 2010 foram mortos 526 cristãos após serem retalhados e
queimados.
A
Boko Haram (= a educação ocidental é
pecado) é um movimento formado em 2002 e que tem a sua inspiração nos Talibãs
do Afeganistão. Têm cometido muitos assassinatos de cristãos e incendiado
aldeias e igrejas semeando o terror. O objectivo de Abubakar Shekau, actual
líder do movimento, é exterminar todos os cristãos da Nigéria.
O
presidente nigeriano Goodluck Jonathan, que se prepara para eleições, em 14 Fevereiro,
tem sido alvo de duras críticas por não estar a fazer o suficiente para pôr
termo ao avanço dos jidaístas do Boko Haram… Que resposta dará o mundo
civilizado ao terrorismo na Nigéria? in BOA NOVA fev.2015
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