JORDÂNIA RETALIAÇÃO dois jihadistas iraquianos executados
RETALIAÇÃO dois jihadistas iraquianos
executados
Obs./AL |
Em retaliação à alegada
execução do piloto jordano pelo Estado Islâmico (EI), a Jordânia
enforcou esta quarta-feira dois jihadistas iraquianos cuja libertação
era exigida pelo EI, informou o porta-voz do governo. O anúncio da execução dos
dois prisioneiros na Jordânia foi feita esta terça-feira depois do EI ter
divulgado um vídeo onde, alegadamente, se via o piloto a ser queimado vivo
dentro de uma jaula.
Os jihadistas presos na
Jordânia já estavam condenados à morte, o que acabou por acontecer na madrugada
desta quarta-feira – 4 horas (2 horas em Lisboa) – num gesto de
vingança prometida depois da divulgação do vídeo. Sajida Al-Rishawi, tinha
sido condenada à morte pela sua participação nos ataques terroristas de 2005 em
Amã, onde foi apanhada porque a bomba que transportada não explodiu. Ziad
Karbouli, um responsável da Al-Qaeda, foi condenado à morte em 2008 por ter
morto um jordano. A libertação de Sajida Al-Rishawi em troca de um
prisioneiro japonês, o jornalista Kenji Goto, foi proposta pelo Estado Islâmico
no final do mês de janeiro, mas a Jordânia só a trocaria pelo
piloto Moaz al-Kasaesbeh e o prisioneiro acabou por ser
decapitado.
A televisão jordana anunciou
na terça-feira que o rei Abdalá II cancelou a sua visita aos Estados Unidos,
onde se deveria reunir com o vice-presidente norte-americano Joe Biden. A
viagem tinha como objectivo discutir com as autoridades norte-americanas a luta
contra o terrorismo e os esforços para libertar o piloto jordano detido em
dezembro pelos extremistas da Síria quando participava em ataques da coligação
contra o autodenominado Estado Islâmico.
Porém, a Jordânia afirmou
também esta terça-feira que o piloto já estaria morto há um mês, refere a
Reuters. O governo já tinha intercetado comunicações que davam o piloto como
morto há algum tempo, segundo uma fonte próxima do governo.
Enquanto país vizinho da Síria
e do Iraque, a Jordânia tem-se mantido aliada dos Estados Unidos no combate ao
Estado Islâmico. A execução do piloto pode fazer com que a população
jordana se revolte ainda mais contra o Estado Islâmico, mas os Estados
Unidos vão aumentar o apoio para que o
rei Abdullah mantenha a acção militar.
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