CDestaque 1098 20 NOVOS CARDEAIS DOS QUAIS 3 LUSÓFONOS por CABREIRA FRAGAS

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20 NOVOS CARDEAIS DOS QUAIS  3 LUSÓFONOS por CABREIRA FRAGAS

Presente o Papa emérito Bento XVI
1.No dia 14 de Fevereiro de 2015 o Papa Francisco criou 20 novos cardeais (15 eleitores e 5 não eleitores), isto é, com voto para eleger ou não o novo Papa. São provenientes de 14 países. Quatro deles contam pela primeira vez com uma sede cardinalíciai: Cabo Verde, Panamá, Tonga e Myanmar (Birmânia), o que reforça a  diversidade e universalidade do Colégio dos Cardeais.
O Colégio Cardinalício fica agora composto de 227 Cardeais, dos quais 125 eleitores e 102 não-eleitores. Os Cardeais provenientes da Europa são 118; da América do Norte, 27; da América do Sul, 26; da América Central, 8; da Ásia, 22; da África, 21 e da Oceania, 5. Os Cardeais são incardinados na Igreja de Roma, que “preside à assembleia universal da caridade”. A Igreja de Roma tem uma função exemplar: presidir na caridade. O Papa, referiu-se ao “hino da caridade”, da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, que constitui a palavra-chave da celebração deste Consistório para o ministério dos novos Cardeais.

2.O patriarca de Lisboa, D. MANUEL CLEMENTE, passa, a partir de hoje a colaborar mais directamente com o Santo Padre. Juntamente com ele foram também investidos o bispo Arlindo Gomes Furtado, de Cabo Verde, país que pela primeira vez tem um cardeal, e Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, Moçambique, que, por ter mais de 80 anos não terá capacidade eleitoral.
O Estado português esteve representado na cerimónia, em Roma,  pelo vice primeiro-ministro, Paulo Portas, pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.

D. Manuel Clemente e D. Júlio Langa
3.D. MANUEL CLEMENTE já esperado ser cardeal, desde que foi escolhido para patriarca de Lisboa. Nascido em Torres Vedras (Lisboa), há 66 anos, doutorou-se em Teologia Histórica em 1992. J. Paulo II nomeou-o Bispo Auxiliar de Lisboa, onde trabalhou com D. José Policarpo de 2000 a 2007, data da sua eleição para Bispo do Porto. Aqui foi pastor até 2013, ano da sua nomeação para Patriarca de Lisboa. Homem de cultura, ganhou o Prémio Pessoa 2009. Actualmente é o Presidente da CEP.
Na primeira Missa na sua «nova» igreja de Roma, Santo António dos portugueses, o cardeal patriarca «apelou para a construção de uma sociedade “justa” e “pacífica”, com a presença credível dos católicos » D. Manuel Clemente recordou as “aspirações dos mais novos”, que ainda não sabem o que sua vida irá ser, e as necessidades dos “mais idosos”, que exigem da Igreja a “proximidade de quem sente os outros e sente os outros como seus, um por um, com nome e figura”.

4.O líder da delegacia portuguesa, considerou que a criação de um novo cardeal português representa “o reconhecimento de um país e das suas tradições”. Paulo Portas felicitou D. Manuel Clemente, que apresentou como “um homem de fé, um homem de cultura, um homem por quem os fiéis têm muita admiração e cuja densidade, profundidade, interessa também àqueles que não são crentes”
“Os portugueses, os que têm fé e os que não são crentes, olham para a criação do cardinalato de D. Manuel, patriarca de Lisboa, como um dia de júbilo e de alegria”, referiu.
O líder centrista evocou ainda a criação de outros dois cardeais de língua portuguesa, D. Arlindo Furtado, bispo de Santiago (Cabo Verde), e D. Júlio Langa, bispo emérito de Xai-xai (Moçambique).
“É um dia de grande honra e de júbilo, de proximidade e de simplicidade para Portugal, para a nossa Igreja e para as Igrejas lusófonas, que rezam em português”, afirmou.
Rui Machete falou do patriarca de Lisboa como uma pessoa “notável, como católico, intelectual e homem de cultura”, mostrando-se “satisfeito” por ter participado “numa cerimónia muito simples” que manifestou a “universalidade da Igreja”.

O Primeiro MinistrioPassos Coelho
O primeiro-ministro Passos Coelho felicitou este sábado o patriarca de Lisboa pela sua investidura como cardeal da Igreja Católica, classificando-o como um “pastor de grande envergadura moral e espiritual”. O chefe de Governo lembrou o “contributo que o país sempre espera da Igreja Católica para o seu desenvolvimento social e cívico”.
Passos Coelho classificou ainda como “uma excelente notícia” a designação do bispo de Santiago, Arlindo Gomes Furtado, como novo cardeal de Cabo Verde, comentando que significa “mais um reflexo da abertura da Igreja a uma maior diversidade geográfica no seu colégio de cardeais”.

D.Arlindo Gomes Furtado
5.D. Arlindo Gomes Furtado, Bispo de Santiago, é o primeiro Cardeal da história de Cabo Verde. A Diocese de que é pastor foi criada em 1533. Baptizado, Crismado, Ordenado Diácono, Padre e Bispo por Espiritanos, D. Arlindo, de 65 anos, foi nomeado Bispo do Mindelo em 2004, missão que exerceu até 2009, data da sua eleição para a Diocese de Santiago que tem a sede na capital do Arquipélago de Cabo Verde, a cidade da Praia.
O primeiro cardeal da história de Cabo Verde disse hoje no Vaticano esperar que a distinção do Papa Francisco ajude a unir mais a Igreja e os governantes do arquipélago na promoção de um “maior sentido de fraternidade, de solidariedade, de justiça social”.
Centenas de pessoas acompanharam a saída do novo cardeal da basílica e este manteve-se na Praça de São Pedro durante mais de meia hora, cumprimentando os cabo-verdianos, a maior parte dos quais imigrantes, que o quiseram acompanhar.
“Todos estamos muito emocionados, graças a Deus. Que continuemos assim, com motivos para viver com sentido, com alegria, com muita abertura” declarou o bispo de Santiago, ainda rodeado por conterrâneos.
D
. Arlindo Furtado assumiu que o cardinalato faz aumentar a “responsabilidade”, em particular no que diz respeito à tarefa de “testemunhar Jesus Cristo, construir a fraternidade, criar as condições humanas necessárias para sejamos felizes uns com os outros”.

6.D. Júlio Langa, Bispo emérito de Xai-Xai, no sul de Moçambique, foi outra das escolhas inesperadas do Papa Francisco.
 Os  católicos moçambicanos felicitaram o cardeal Júlio Langa manifestando-se “felizes” e “satisfeitos”, pela sua nomeação como o novo cardeal neste país.
Nasceu em 1927 e foi Bispo de Xai-Xai de 1976 a 2004. Foi Bispo de uma Diocese pobre durante o difícil período da perseguição à Igreja católica e da guerra civil que vitimou Moçambique anos a fio. Numa diocese enorme de 76 mil quilómetros quadrados, D. Júlio Duarte Langa sublinha que a prioridade foi “manter a Igreja, para que não morresse neste país”, algo que “felizmente” foi conseguido em Moçambique.
O Cardeal Júlio Langa, falando à Rádio Vaticano em Roma, considera que o seu cardinalato é um estímulo para a Igreja em Moçambique, é sinal de que a Igreja universal pensa em Moçambique.
7. De notar que Paulo Portas, aproveitou a ocasião para convidar o papa Francisco a estar em Fátima em 2017, no centenário das Aparições de Nossa Senhora.   …… 

















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