PASCOA Páscoa é Páscoa por Padre JOAQUIM PINHO
PASCOA
Páscoa é Páscoa por Padre JOAQUIM PINHO
Páscoa
é Páscoa. Simplesmente […]
Não
é paragem, mas passagem,
Aragem
a ferver e a gravar em ponto cruz
A
mensagem que arde no coração dos dois de Emaús.
A
Páscoa é Jesus.”
“Túmulo
aberto, mas não vazio: cheio de sinais! É Páscoa da Ressureição do Senhor.”
Seguirei
de perto, ainda que brevemente, a pena de D. António Couto, no seu livro A
NOSSA PÁSCOA (Paulus editora), na nossa reflexão para este Abril.
Vamos
pelo tempo pascal adentro. É o tempo BELO da vida cristã. O mais belo. Mas
sempre com o suporte da Quaresma que é também um tempo belo. Onde reside tal
beleza? Ora! Quem não sabe? Mas mesmo sabendo, fica sempre aquela nostalgia das
cebolas do Egipto e das panelas de carne (cfr. Ex.) É o AMOR! Claro que é!
Sabemos, mas com facilidade outros amores nos seduzem; outras “belezas” nos
encantam… Até “sentimos”que tudo poderia fazer parte do mesmo BELO, ou seja de
um paraíso onde entra tudo!... A verdadeira Páscoa, a nossa Páscoa, isto é
Jesus, ensina-nos outra coisa… O BELO incorruptível, não se confunde com o
“belo” corruptível… Nós, porém, temos esse defeito, isto é o de os confundir… A
RESSURREIÇÃO é o BOM e o BELO da nossa PÁSCOA. Mas só estando com Ele e
seguindo sempre com Ele no caminho, Ele que o é por excelência, saborearemos o
BOM e o BELO… Na Páscoa que é Jesus, morre o homem velho, ressuscita o HOMEM
NOVO. Por isso, morra em nós também o homem velho, e ressuscite de uma vez por
todas o HOMEM NOVO!
Penso
que já todos percebemos (não agora), que a nossa Páscoa é cá dentro, onde
arde!... No coração. Exactamente. Como aos dois de Emaús. É aí que tem de
arder. Para ser! Se não for aí, não é… Todos os sinais exteriores serão fogos
fátuos, se não for dentro o acontecimento maior do ser cristão.
No
túmulo que habitualmente designamos de vazio, só a Luz do Senhor nos faz ver,
como aos discípulos e a Madalena, que está cheio de sinais.
“Esta
é obra do Senhor!”, assim gritava com “voz forte” (grito de vitória e de
Revelação) Jesus na Cruz, decifrando a Cruz, recitando o Salmo 22 todo
(entenda-se a passagem de Mt 27,46 e Mc 15,34, citando apenas o início: “Lá
pela hora nona, Jesus deu um grande grito: “Eli,Eli, lemá sabachtáni, isto é:
Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”). Particularmente ao longo da
Semana Santa, dita “Grande” ou “dos Mistérios” pela Igreja do Oriente, Deus
expôs diante dos nossos olhos atónitos – e logo a partir do Domingo de Ramos –
o Rei Vitorioso no seu Trono de Graça e de Glória, que é a Cruz (veja-se aqui
demoradamente Rm 3, 24-25), tomando posse da Sua Igreja-Esposa para o efeito
redimida na “água e no sangue” (Jo 19,34; Ef 5, 25-27), isto é, no Espírito
Santo, conforme ensina Jesus com “voz forte”(!) no grande texto Jo 7,37-39.
Para aqui apontava também a “caminhada” quaresmal, a qual – vê-se agora claramente
– só daqui podia afinal ter partido. É este “o Mistério Grande” (Ef 5,32) que
nos foi dado conhecer por Deus (Rm 16, 25-26; 1Cor 2,7-10; Ef 3,3-11; Col
1,26-27). E só Deus pode dar tanto a conhecer (veja-se agora o texto espantoso
de Ef 3,14-21). É quanto Deus operou na Cruz! Por isso, exultamos e
alegramo-nos (com a Chará, a alegria grande da Páscoa), pois “este é o Dia que
o Senhor fez” (Sl 118,24) e em que o Senhor nos fez!”(in A Nossa Páscoa, págs.
69-70).
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