MARISTAS IRMÃOS MARISTAS por TEÓFILO MINGA
MARISTAS
IRMÃOS MARISTAS por TEÓFILO MINGA
A
Congregação Marista a caminho do bicentenário. Em 2017 o Instituto dos Irmãos
Maristas celebram 200 anos de existência. Haverá um Capítulo especial nessa
altura. Nada está decididor. Mas seja onde for a data será celebrada levando em
conta as três dimensões também sublinhadas para este ano consagrado à Vida
Religiosa: dar graças pelo passado;
viver o presente com paixão; abraçar o futuro com esperança.
Entre
outros documentos na perspectiva do bicentenário situa-se a última Carta do
Superior Geral, Irmão Emili Turu, a todo o Instituto com o título: O Futuro tem
um coração de tenda onde precisamente fala a todos os “Maristas de Champagnat”
(Irmãos e Leigos Maristas) sobre a esperança e sobre o futuro, sem deixar de
dar graças pelo passado de quase 200 anos de existência da Congregação. Nela o Superior Geral fala de três dimensões
importantes no momento actual na vida da Congregação: a emergência do Laicado
Marista; os apelos da periferia; e a dimensão mística na vida de todo o
marista. É uma carta de Outubro de 2014.
Precisamente um mês antes, em Setembro de 2014, tinha havido um acontecimento
importante em Nairobi: a Segunda Assembleia Internacional da Missão Marista.
Não era um encontro de tomada de decisões. Mas um momento de tomar o pulso da
Congregação e ver as grandes orientações de “trabalho apostólico e missionário”
que já estão em prática no momento presente; mas também descobrir novas linhas
de acção para o futuro, já que O Futuro tem coração de tenda.
Nessa
tenda do futuro devem caber todas as forças vivas do mundo marista; é uma tenda
que se deve alargar até às fronteiras do mundo. Como diz um dos documentos da
Espiritualidade Marista: “Dirigimos nossos passos para lugares onde outros
preferem não ir. Aí descobrimos o sofrimento que há nesses lugares, como María
ao pé da Cruz e oferecemos uma presença e um serviço apesar dos riscos. Esta
experiência leva-nos a deslocar-nos com audácia apostólica a missões difíceis
em zonas marginais e lugares inexplorados” (Documento Água da Rocha, nº 149,
Roma, 2006). Nairóbi, oito (8) anos depois, em Setembro de 2014, fala de
sonhos, de profecia, de mística, de oportunidades. Pelo caminho, em 2013, a
Conferência dos Provinciais, tinha abordado também, entre outros, os temas da
mística e da profecia. Vejamos os sonhos que Nairóbi propõe hoje, em relação à
mística e à profecia, deixando para artigo posterior outro ponto importante,
abordado em Nairobi: a comunhão Nosso sonho é que, Maristas de Champagnat,
sejamos reconhecidos como MÍSTICOS porque:
-
Somos evangelizadores com espírito e fomos transfigurados por Deus; - Constituímo-nos
como pessoas e comunidades orantes que crescemos em humanidade e tornamos
transparente o rosto de Deus; - Privilegiamos
espaços e tempos de qualidade para aprofundar o “ser” que dá sentido ao
“fazer”; - Acompanhamos processos que fazem crescer em interioridade,
espiritualidade e oração e neles nos envolvemos.; -Tornamos visível o rosto
mariano da Igreja.
Nosso
sonho é que, Maristas de Champagnat, sejamos reconhecidos como PROFETAS porque:
-
Abandonamos nossas zonas de conforto e estamos em permanente atitude de saída
rumo às periferias de nosso mundo, impulsionados a proclamar e construir o
Reino de Deus.; - Vamos com decisão ao encontro dos novos Montagne e somos
presença significativa entre eles e com eles. (NOTA: Montagne: um jovem doente
que o Padre Champagnat assistiu antes da sua morte; surpreendido pela
ignorância religiosa do jovem, o jovem padre de 27 anos decide avançar com a
fundação do Instituto dos Irmãos Maristas dedicado à educação cristã da
juventude); - Promovemos os direitos das crianças e jovens e somos uma voz
pública em defesa desses direitos nos foros políticos e sociais que reflectem
sobre eles e onde as decisões são tomadas; - Vivemos uma atitude de
disponibilidade missionária global para novos modos de presença encarnada nas
periferias nacionais e internacionais; - Empenhamo-nos de forma corajosa e
decidida para que nossas obras educativas (escolas, universidades, centros
sociais...) sejam plataformas privilegiadas de evangelização e nelas se promova
uma educação inclusiva, crítica, comprometida, compassiva e transformadora das
realidades; - Acompanhamos as pessoas e os processos da Pastoral Juvenil
Marista dos quais emergem os profetas e evangelizadores para o nosso tempo.
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