DOR ABDOMINAL
DOR ABDOMINAL
1.Cólicas
abdominais; dor na barriga; dor no abdómen; dor de estômago.
2. Dor
abdominal localizada (geralmente chamada de dor de estômago) ou difusa.
Considerações gerais:
A
dor abdominal é um sintoma inespecífico que pode estar associado a uma
variedade de quadros clínicos. Algumas dores não ocorrem propriamente no
abdómen, mas causam desconforto abdominal. Um exemplo seria a dor abdominal
associada a infecção estreptocócica da garganta. Outras, como a dilatação
aneurismática da aorta, se originam no abdómen, mas não estão relacionadas ao
trato gastrointestinal. Algumas dores estão diretamente relacionadas com o
trato gastrointestinal.
A
intensidade da dor nem sempre reflecte a severidade do quadro causador. Dores
abdominais severas podem estar associadas a quadros não graves, como gases ou
cólicas por uma gastroenterite viral, enquanto dores relativamente leves (ou
ausentes) podem estar relacionadas a quadros graves, com risco de vida, como
cancro do cólon ou fase inicial de uma apendicite.
A dor abdominal pode ser causada: por toxinas, infecção, doença do trato biliar, doença hepática, doença renal, infecção urinária, menstruação, ovulação, doença do sistema geniturinário masculino e feminino, problemas vasculares, neoplasias, úlceras, perfurações, doença pancreática, hérnias, trauma e doenças metabólicas. A relação é tão extensa que seria impossível nomear todas as doenças de cada um dos grupos acima.
A dor abdominal pode ser causada: por toxinas, infecção, doença do trato biliar, doença hepática, doença renal, infecção urinária, menstruação, ovulação, doença do sistema geniturinário masculino e feminino, problemas vasculares, neoplasias, úlceras, perfurações, doença pancreática, hérnias, trauma e doenças metabólicas. A relação é tão extensa que seria impossível nomear todas as doenças de cada um dos grupos acima.
Como
a dor abdominal é inespecífica, o médico necessitará de informações detalhadas
referentes ao início da dor, duração da dor (minutos, horas, dias, ou mesmo
meses), local da dor, natureza da dor ( insidiosa, aguda, contínua, em cólica,
intermitente), severidade da dor e a relação da dor com as funções normais,
como a menstruação e a ovulação.
A localização e a evolução da dor podem ajudar na identificação da causa. Durante o exame físico, o médico irá tentar determinar se a dor é restrita a uma área (ponto de maior sensibilidade) ou difusa, e se está relacionada com a inflamação do peritoneu ou do abdómen. Se o médico encontrar evidências de inflamação peritoneal, a dor abdominal poderá ser classificada como "abdómen agudo", o que geralmente requer intervenção cirúrgica imediata.
A localização e a evolução da dor podem ajudar na identificação da causa. Durante o exame físico, o médico irá tentar determinar se a dor é restrita a uma área (ponto de maior sensibilidade) ou difusa, e se está relacionada com a inflamação do peritoneu ou do abdómen. Se o médico encontrar evidências de inflamação peritoneal, a dor abdominal poderá ser classificada como "abdómen agudo", o que geralmente requer intervenção cirúrgica imediata.
O
médico também irá tentar relacionar o desconforto
abdominal com outros sintomas gerais como
febre, fadiga, mal-estar geral (astenia), náusea, vómito ou alterações nas fezes. O
médico, então, fará perguntas cada vez mais específicas sobre os sintomas à
medida que se aproxima do diagnóstico.
Nos
bebés, os choros prolongados sem motivos aparentes (geralmente chamados de
"cólicas") podem ser causados por dor abdominal que sempre desaparece
após a eliminação de gases ou fezes. Geralmente, as cólicas iniciam-se na
terceira semana de vida e pioram por volta do terceiro ou quarto mês. As
cólicas sempre pioram à noite. Afagar e embalar a criança podem trazer algum alívio.
Dores
abdominais severas que ocorrem durante a menstruação podem sugerir um problema
no sistema reprodutivo. Isto inclui doenças como endometriose, mioma uterino,
cistos nos ovários, cancro dos ovários (raro) ou doença inflamatória pélvica.
As
dores abdominais que podem indicar uma potencial situação de emergência são:
1.dor
abdominal severa com náusea e febre pode indicar apendicite ou complicações de
diverticulite
2.dor
abdominal, náusea, febre, distensão ou obstipação pode indicar obstrução intestinal
3.dor
abdominal acompanhada de rigidez abdominal ("abdómen em tábua") pode
indicar peritonite
4.dor
abdominal acompanhada de fezes sanguinolentas ou vómitos com sangue o
sangramento gastrointestinal pode ser perigoso em qualquer situação
Causas comuns:
1. Abaixo
estão relacionadas as causas mais comuns de dor abdominal. É importante
ressaltar que nesta relação aparecem relativamente poucas doenças graves.
1.infecção
vesical
2.colecistite
e/ou cálculos biliares
3.cólicas
nos bebés (bebés até 4 meses)
4.excesso de gases
5.endometriose
6.alergia
alimentar
7.intoxicação
alimentar (salmonella, shigella)
8.hérnia
9.indigestão
10.cálculos
renais
11.intolerância
à lactose (intolerância ao leite)
12.cólica
menstrual
13.cistos
nos ovários
14.doença
inflamatória pélvica (DIP)
15.pneumonia
(em crianças)
16. dor
abdominal recorrente (geralmente em crianças e adolescentes; um tipo de
distúrbio de somatização em que alterações
emocionais reflectem-se em desconforto físico)
17.faringite
estreptocócica (infecção de garganta por estreptococos, pode causar dor
abdominal em crianças)
18.úlceras
19.mioma
uterino
20.gastroenterite
viral (diarreia viral)
2. As causas menos comuns, porém
mais sérias, são:
2.1.cancro dos ovários
2.2.
cancro de cólon ou outro cancro
2.3.
abdominal
+ apendicite
+ diverticulite
+ obstrução
intestinal
+ peritonite
Obs.:
Esse problema pode ter outras causas.
3. Cuidados em casa:
Para
as dores leves, beba água ou líquidos sem resíduos. Evite alimentos sólidos. Os
antiácidos podem trazer algum alívio. A menos que prescritos por um médico,
evite usar medicamentos narcóticos, aspirina e AINEs (anti-inflamatórios não
esteróides) para a dor.
4. Solicite assistência médica e farmacêutica
se:
+ a
dor for muito severa
+ houve
um trauma abdominal nos últimos 2 ou 3 dias
+ houver
dor durante a gestação (ou possível gestação)
+ a
dor persistir por tempo prolongado
+ houver
febre alta e náuseas, ou se for incapaz de ingerir alimentos e líquidos por
vários dias
+ houver
náuseas, febre, distensão ou obstipação.
+ o abdómen for doloroso à palpação ou estiver rígido e duro
+ vomitar
sangue ou houver sangue nas fezes
5. O que esperar na consulta:
Será
obtida a história clínica e realizado um exame físico. A documentação detalhada
da história clínica poderá incluir as seguintes perguntas:
++ tipo
+ sente
dor em diferentes partes (difusa ou generalizada) ou num local específico?
+ localização
(Qual parte do abdómen está afectada?)
+ abdómen
inferior
+ quadrante
inferior direito
+ quadrante
inferior esquerdo
+ abdómen superior
+ quadrante
superior esquerdo
+ quadrante
superior direito
+ abdómen
medial superior (epigástrio)
ao
redor do umbigo (periumbilical)
+ inicialmente
ao redor do umbigo, posteriormente migra para o quadrante inferior direito
(altamente sugestiva de apendicite)
+++característica
+ severa
+ aguda
ou espasmódica
+ persistente ou constante
+periódica
e variando de intensidade a cada minuto (cólica)
++++-
evolução
+ a
dor desperta-o à noite?
+ a
dor é recorrente; apresentou dor semelhante no passado?
+ quanto
tempo dura cada episódio (quantas horas)?
+ qual
a frequência da dor (intervalo de quantos dias)?
+ há quanto tempo apresenta estas dores (quantos meses de
duração)?
+ aparece
alguns minutos após as refeições?
+ aparece
2 a 3 horas depois das refeições?
+ tem-se tornado cada vez mais severa?
+ começou
de repente?
+ aparece
durante a menstruação (dismenorreia)?
+ há
quanto tempo está presente?
+++++
irradiação
+ a
dor irradia para as costas?
+ a
dor irradia para a parte inferior da omoplata (área escapular direita)?
+ a
dor irradia para a parte mediana das costas?
+ a
dor irradia para a virilha, nádegas ou pernas?
++++++fatores
agravantes
+ a
dor piora com o decúbito dorsal (posição supina)?
+ a
dor piora com os alimentos ou bebidas?
+ a
dor piora com alimentos gordurosos?
+ a
dor piora com produtos lácteos?
+ a
dor piora com bebidas alcoólicas?
+ a
dor piora com o jejum?
+ a dor piora com o stress?
+ a
dor piora com grandes esforços?
+++++++-factores
atenuantes
+ a
dor melhora com a ingestão de alimentos?
+ a
dor melhora com a evacuação?
+ a
dor melhora com leite ou antiácidos? Isto ocorre em poucos minutos?
+ a
dor melhora quando evita produtos lácteos?
+++++++medicamentos
+que
medicamentos está a tomar?
+ mudou
recentemente algum medicamento?
++++++++outros
+ houve
algum traumatismo recente?
+ está
grávida?
+ que
outros sintomas aparecem concomitantemente?
+ apresenta
febre?
+ apresenta
vómitos?
+ apresenta
diarreia?
+ apresenta
urticária?
+ apresenta
falta de ar?
+ apresenta
sangue nas fezes?
+ está
a vomitar sangue?
Será
realizado um exame físico com ênfase no abdómen. Pode ser necessário observar
os casos mais severos em âmbito hospitalar. Se a dor persistir, poderá ser
necessária uma reavaliação.
Os exames que podem ser realizados para o diagnóstico incluem:
Os exames que podem ser realizados para o diagnóstico incluem:
+ enema
de bário
+ estudo
radiológico GI alto
+ exames
de sangue, urina e fezes
+ endoscopia
(EDA) do trato GI (gastrointestinal) superior
+ fluoroscopia
do trato GI inferior
+ ultra-som
do abdómen
+ raio
X do abdómen
Após
a consulta:
O diagnóstico poderá ser incluído no seu registo
médico pessoal
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