Abertos à novidade de Deus por ARMANDO SOARES *
Abertos à novidade de Deus
O Papa Francisco
desafiou a sociedade contemporânea a abrir-se à “novidade” de Deus que a
transforma e alertou para os riscos de haver grupos fechados em “estruturas
caducas” dentro da própria Igreja Católica.
“Não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade”, disse, na homilia da missa a que presidiu na Praça de São Pedro, concluindo o encontro mundial de movimentos, comunidades e associações de leigos. O Papa admitiu que a novidade “causa sempre um pouco de medo” e que isso acontece “também quando se trata de Deus”.
“Não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo. A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade”, disse, na homilia da missa a que presidiu na Praça de São Pedro, concluindo o encontro mundial de movimentos, comunidades e associações de leigos. O Papa admitiu que a novidade “causa sempre um pouco de medo” e que isso acontece “também quando se trata de Deus”.
“Temos medo que Deus nos faça
seguir novas estradas, nos faça sair do nosso horizonte frequentemente
limitado, fechado, egoísta, para nos abrir aos seus horizontes”, alertou. Nesse
sentido, Francisco convidou os presentes a aceitarem as “surpresas de Deus” e a
não se fecharem “em estruturas caducas que perderam a capacidade de
acolhimento”.
Segundo o Vaticano, a
iniciativa reuniu cerca de 200 mil pessoas, desde sábado, numa celebração
inserida no programa do Ano da Fé (outubro de 2012 - novembro de 2013),
convocado pelo Papa emérito Bento XVI.
Para Francisco, é preciso
fugir ao perigo de “uma Igreja gnóstica e de uma Igreja narcisista, fechada no
seu recinto”. O Papa argentino evocou a celebração do Pentecostes, a festa do
Espírito Santo, e o seu “dinamismo irresistível” nas primeiras comunidades
cristãs.
O Papa realçou que, por vezes,
o Espírito Santo “parece criar desordem na Igreja, porque traz a diversidade
dos carismas, dos dons”, defendendo que “unidade, não significa uniformidade,
mas a recondução do todo à harmonia”.
“Também aqui, quando somos nós
a querer fazer a diversidade fechando-nos nos nossos particularismos, nos
nossos exclusivismos, trazemos a divisão; e quando somos nós a querer fazer a
unidade segundo os nossos desígnios humanos, acabamos por trazer a
uniformidade, a homogeneização”, advertiu.
A homilia deixou um apelo
final à acção dos católicos nas “periferias da existência a fim de anunciar a
vida de Jesus Cristo * in NA FORÇA DE DEUS 2
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