EXORTAÇÃO VATICANO APOSTÓLICA A alegria do Amor por ANSELMO BORGES*
VATICANO
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA «A alegria do
Amor»
A Alegria do Amor por ANSELMO
BORGES*
Acaba de ser publicada a Exortação apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco, AMORIS LAETITIA, a alegria do amor. |
Era um texto muito aguardado
do Papa Francisco depois dos sínodos, em 2014 e 2015, sobre a família. Foram
antecedidos por consultas aos católicos de todo o mundo e sobre as
problemáticas relacionadas com a família.
Acaba de ser publicada, com o
belo título A Alegria do Amor. Uma Exortação
Apostólica, com mais de 200 páginas e 325 pontos.
O seu fio condutor é a
misericórdia; não muda a doutrina, mas exige uma nova pastoral; é uma Exortação
aberta ao futuro e que teve em conta reacções acesas, com ameaça de cisma na
Igreja.
Francisco, apela à
compreensão, considerando novos caminhos pastorais, as diferentes culturas e
sensibilidades. Terão bispos e padres aquela atitude de pastores bons que anima
Francisco, mais atento ao Evangelho e às pessoas do que ao Código de Direito
Canónico e à rigidez da doutrina?
Deixo aí teses centrais
referentes a estes temas: "deriva-se da Sagrada Escritura a desordem
intrínseca dos actos homossexuais, por não procederem de verdadeira
complementaridade afectiva e sexual. Trata-se de uma questão muito complexa,
pelas muitas implicações que emergiram com força nos últimos anos.
A Igreja Católica defende
"a absoluta indissolubilidade do matrimónio rato e consumado",
tornando impossível o acesso à Eucaristia aos recasados civilmente.
"O sacerdócio está em íntima conexão com
o celibato"; "é doutrina definitiva ensinada infalivelmente pelo
magistério ordinário universal que a Igreja não tem autoridade para admitir as
mulheres ao sacerdócio".
E Francisco reafirma o ideal:
"O matrimónio cristão realiza-se plenamente na união entre um homem e uma
mulher, amor exclusivo e livre fidelidade, se pertencem até à morte e se abrem
à transmissão da vida; consagrados pelo sacramento que lhes confere a graça
para se constituírem como igreja doméstica.
É preciso dar "espaço à
consciência dos fiéis: somos chamados a formar consciências, não a pretender
substituí-las".
A Igreja não abandona
pastoralmente "os fiéis que simplesmente vivem juntos, que contraíram
matrimónio apenas civil ou são divorciados e voltaram a casar".
"Não há receitas
simples." "A Igreja não é uma alfândega", mas "um hospital
de campanha", "a misericórdia é a trave-mestra que sustenta a sua
vida."
A chave da Exortação:
"Acompanhar, discernir e integrar."
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Resumo de opinião em in Dn 17.04.2016 por
Armando Soares
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