JAPÃO JAPÃO Sismos provocam pelo menos 41 mortos
JAPÃO Sismos provocam pelo menos
41 mortos
16/4/2016, 9:22
Pelo menos 41 pessoas morreram
e mais de mil ficaram feridas depois de vários sismos terem abalado o Japão
desde quinta-feira. As autoridades tentam agir rapidamente já que se prevê uma
tempestade.
KIMIMASA MAYAMA/EPA
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Os sismos que abalaram o sudoeste do Japão
desde quinta-feira fizeram, pelo menos, 41 mortos, um balanço
que pode vir a aumentar, uma vez que ainda há muitas pessoas feridas sob os
escombros, avança a
France-Presse. A probabilidade de novas réplicas é também elevada. “Sabemos que
há pessoas debaixo dos escombros em vários locais. A polícia, os bombeiros e as
forças de autodefesa [do Exército] estão a fazer tudo para as socorrer”, disse
o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, numa conferência de imprensa.
Cerca de mil pessoas ficaram feridas, 184 delas
com gravidade, segundo os números avançados pelas autoridades
locais. Mais de 90 mil residentes da área de Kumamoto, onde decorreram vários
sismos de grande intensidade nas últimas 48 horas, foram evacuados. Cerca de
300 moravam na zona ribeirinha, próxima de uma barragem em risco e ruir. As
equipas de salvamento estão a tentar agir rapidamente, já que a região enfrenta
também um alerta de tempestade para este fim de semana.
Antes de mais temos de salvar
vidas, temos de agir depressa”, disse o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe,
que cancelou uma visita à zona e que convocou um conselho de crise depois de
ordenar o destacamento de 20 mil militares para a região.
O sudoeste do Japão foi abalado por mais de 100 tremores de terra
desde quinta-feira, altura em que foi
registado o primeiro
sismo, com uma magnitude de 6,5 na escala de Richter. A este, seguiu-se outro
de 6,4. Ambos provocaram nove mortos e cerca de 900 feridos, 50 com gravidade.
O último, e também o mais
forte (7,3 na escala de Richter), ocorreu este sábado às 1h25 (16h25 de
sexta-feira em Lisboa) e obrigou a ativar o alerta de tsunami em parte da costa oeste da ilha de
Kyushu, onde foi localizado o epicentro, a dez quilómetros de profundidade.
Os voos previstos para este
sábado com partida ou chegada do aeroporto de Kumamoto foram todos cancelados e
o serviço de comboios de alta velocidade, o Shinkansen, foi suspenso. A
Associated Press deu conta de
que o Mount Aso — o maior vulcão ativo no Japão, localizado precisamente em
Kyushu — terá entrado em erupção na sequência deste sismo. Só ainda não está
claro se os dois fenómenos estão interligados.
Desde o primeiro sismo
registaram-se mais de 300 réplicas nas regiões de Kumamoto e Oita e, depois do
segundo, 69, uma delas de magnitude 5,4, segundo a agência meteorológica
japonesa. A agência alertou para a probabilidade de novos sismos, alguns de
elevada intensidade, e para o risco de novos deslizamentos de terras, tendo em
conta a previsão de chuva forte durante o fim de semana na região.
Localizado na junção de quatro
placas tectónicas, o Japão sofre anualmente cerca de 20% dos terramotos mais fortes
registados no mundo.
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