STRESS O Modo de lidar com os problemas gera o bem-estar
STRESS
O MODO DE LIDAR COM OS PROBLEMAS GERA O BEM ESTAR
Entenda por que o estresse é
prejudicial e o que você pode fazer para melhorar seu bem-estar 28/03/2015 Por: Lara Ely
Especialista diz que ações que
realizamos por vontade própria dão uma mãozinha para os genes encontrarem a
sensação de saúde e bem-estar
Autora do livro A Ciência de
Ser Feliz, a psicóloga Susan Andrews criou um macete para sintetizar a nova
ciência hedônica (que busca entender a felicidade): genes + condições externas
+ atividades intencionais.
As ações que realizamos por
vontade própria, segundo ela, dão uma mãozinha para os genes encontrarem a
sensação de saúde e bem-estar.
O que as pesquisas científicas
dizem sobre a ciência da felicidade
Felicidade pode ter influência
genética
Especialistas defendem três
formas para alcançar felicidade
Susan é norte-americana e vive
no Brasil desde 1992. Ela mora no Instituto Visão Futuro, que fundou em
Porangaba, no interior de São Paulo. Lá, planta o que come, recicla todo lixo
que produz e ajuda a comunidade local. Mas nem de longe leva uma vida tranquila
e sem estresse.
Envolvida em inúmeros projetos
– é ambientalista, monja, antropóloga, socióloga e psicóloga –, ela dá mais de
200 cursos e palestras por ano. Formada pela Universidade Harvard, Susan
desenvolveu uma série de técnicas para aliviar a tensão e controlar os efeitos
dos hormônios produzidos durante situações de desgaste psicológico – o cortisol
é o principal deles.
Lembrando que a palavra crise,
em mandarim, significa "perigo" e "oportunidade", Susan
acredita que é preciso transformar a raiva, o medo e a depressão em energia
positiva para encontrar o centro da estabilidade em si mesmo e aprender a
desenvolver o potencial pleno.
– O estresse é a resposta do
corpo a qualquer demanda quando forçado a adaptar-se à mudança. Trabalhamos
muito, dispomos de menos tempo para o lazer e ficamos cada vez mais estressados
– diz a autora.
Segundo o psicólogo Armando
Ribeiro, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência
Portuguesa de São Paulo, mais importante do que uma falsa noção de que tudo vai
bem é o aumento da resiliência frente às adversidades
.
– Não é a ausência de
problemas que traz felicidade, mas a forma como as pessoas lidam com os
problemas – diz.
Ser feliz, nesse sentido, não
é apenas uma questão de sorrir o tempo inteiro, mas de como lidar com as
lágrimas do caminho.
A lista da gratidão
— Existem inúmeras coisas na
vida, grandes e pequenas, pelas quais podemos nos sentir gratos.
Reflita sobre os
acontecimentos da semana (ou do dia) e liste cinco fatos que aconteceram pelos
quais você se sente grato.
— Escreva uma carta de
agradecimento para alguém a quem você nunca fez algo do tipo adequadamente.
— Estudos realizados na
Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostram que pessoas deprimidas
que escreveram essas cartas semanalmente, durante seis semanas, sentiram-se
menos deprimidas, mesmo tempos depois. O estudo mostrou que o simples ato de
escrever, ainda que o conteúdo não tenha sido entregue, aumenta a sensação de
bem-estar.
Fazer o bem a alguém
— Ser bondoso e generoso reduz
a depressão, leva à percepção mais positiva dos outros, promove a saúde,
aumenta a autoconfiança, desenvolve um senso de significado e valor à vida.
— Fazer o bem ativa os mesmos
centros de prazer no cérebro que são estimulados por comida e sexo.
Ioga e massagem
— Praticar ioga pode baixar os
níveis de cortisol. Pesquisadores da escola de medicina Jefferson, nos Estados
Unidos, coletaram amostras de sangue de iniciantes na prática e descobriram
que, neles, o nível de cortisol (hormônio produzido no estresse) despencou
imediatamente após a primeira aula.
— Pesquisas demonstram que o
aumento do toque da massagem pode aliviar a depressão e diminuir a incidência
de resfriados, diarreia, asma, hepatite, dermatite, doenças cardiovasculares,
dor crônica, insônia e estresse.
Dormir o suficiente
— Outro modo de baixar o
cortisol é dormir o suficiente.
Qual a diferença entre dormir
seis horas por dia e oito horas? Cinquenta por cento a mais de cortisol na
corrente sanguínea, diz o bioquímico Shawn Talbot, autor do livro The Cortisol
Connection.
Fonte: A Ciência de Ser Feliz,
Susan Andrews, Editora Ágora
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