PSD Rui Rio prepara candidatura, PSD espera por Passos para acelerar calendário
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Rui Rio prepara candidatura, PSD espera por Passos para acelerar calendário
03 out, 2017 - 08:19 • Eunice Lourenço , Paula Caeiro Varela
Reunião
do Conselho Nacional social-democrata analisa eleições autárquicas e pode
acelerar processo eleitoral do partido.
Foto: DR |
Rui Rio deve avançar com uma candidatura à
liderança do PSD depois do Conselho Nacional do partido que se reúne esta
terça-feira à noite para analisar os resultados das eleições autárquicas de
domingo. O antigo presidente da Câmara do Porto reuniu-se ontem à noite com
várias figuras do PSD em Azeitão, no distrito de Setúbal, e, numa declaração do
Diário de Notícias, assume que vai continuar a fazer contactos.
“O que era notícia é que eu não falasse com
ninguém nesta altura”, diz Rui Rio. Todos os sinais que Rio tem dando é de que
avança, finalmente, para uma candidatura a presidente do partido e, no PSD,
tanto entre apoiantes como entre quem não gostar do ex-autarca, já ninguém
compreenderia que não avançasse. Recorde-se que, nos últimos dez anos, o nome
de Rui Rio tem sido várias vezes apontado como provável candidato a presidente
do PSD, mas em várias ocasiões acabou por recuar.
Uma dessas ocasiões foi na sucessão a Luís
Filipe Menezes, em que acabou por avançar Manuela Ferreira Leite, que agora é
uma das principais mobilizadoras de uma candidatura de Rio e foi a primeira voz
social-democrata que, logo no início da noite de domingo, pediu a saída de
Pedro Passos Coelho.
Perante o resultado das eleições
autárquicas, Passos Coelho acabou por anunciar que pode não se recandidatar à
liderança no processo eleitoral que o partido vai iniciar e que agora pode
acelerar.
O conselho nacional desta terça-feira
deveria servir para analisar as eleições autárquicas e, depois, em Novembro,
haveria uma nova reunião do principal órgão do partido entre congressos para,
então, marcar o calendário das eleições directas e do congresso que, de acordo
com os estatutos, deveriam ocorrer no início do próximo ano. O PSD tem
congressos ordinários de dois em dois anos, antecedidos por eleições directas.
Entre os vários dirigentes
sociais-democratas contactados pela Renascença, ninguém tem certezas sobre o
que irá fazer o actual líder, que na segunda-feira, à saída do Palácio de
Belém, disse que o seu processo de reflexão estava “a decorrer bem, muito
obrigado”. A dúvida é não só se se recandidata ou não, mas também se anuncia já
no conselho nacional ou espera pelo dia seguinte.
Também em espera há Luís Montenegro, o
ex-líder parlamentar, que pode avançar para uma candidatura caso Passos não o
faça. Montenegro estava a contar com um calendário diferente, em que Passos e
Rui Rio concorreriam às directas de 2018 e ele teria dois anos para preparar o
seu caminho, tanto no trabalho junto das estruturas distritais, como numa
estratégica de descolamento de Passos Coelho, de quem foi líder parlamentar
durante os anos da troika e até ao Verão deste ano.
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