FAMÍLIA/funchal P. Rui Pontes apresenta “um guia para noivos e famílias”


FAMÍLIA/funchal
P. Rui Pontes apresenta “um guia para noivos e famílias”
Foto: Jornal da Madeira

O livro “Caminhada em matrimónio. Um guia para noivos e famílias” foi apresentado pelo P. Rui Pontes nesta sexta-feira, dia 25 janeiro, último dia das jornadas de atualização do clero.
  
O P. Rui, assistente do Secretariado Diocesano da Família e diretor do Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM), começou por citar a exortação apostólica “Amoris Laetitia”: “os esposos tornam-se protagonistas, senhores da sua própria história e criadores dum projecto que deve ser levado para a frente conjuntamente” (n. 218). 
Este livro, realizado pela federação portuguesa dos CPM, publicado em setembro de 2018, pretende ser uma “ferramenta de trabalho” a partir das novas prespetivas da Igreja sobre a família e o matrimónio, lançadas pelo Papa Francisco sobretudo com a “Amoris Laetitia”. 
A obra está dividida em seis temas que o P. Rui Pontes quis enumerar:

1. Uma comunidade de amor. “O estar com outro não é um somatório de coisas”, referiu. A decisão de acolher o outro torna-se também uma questão de fé e de amor. “Casar na igreja é acolher o outro à maneira de Cristo. Esta é uma dimensão espiritual”. Por outro lado também é necessário “reconhecer que o outro é uma obra inacabada”. 

2. Novas situações, novas exigências. No matrimónio, os noivos confiam a vida a um outro. “Sem amor e entrega o casamento pode reduzir-se a duas solidões”. Há mudanças a ter em conta. “A vida vai-nos ensinando a sonhar, a esperar o melhor e a preparar o pior. A acumular energia nos momentos bons para ir gastando nos momentos de dificuldade”, disse citando o livro.  

3. Diálogo e gestos de amor. “Casar na Igreja leva-me a perceber que o meu companheiro tem uma dimensão sagrada”. Na vida do casal tudo tem o seu tempo, cada história de amor é única, não se pode medir ou comparar.

4. Fecundidade do casal. A fertilidade  passa pela paternidade responsável e também pela sua regulação. Ter em conta o bem do outro no discernimento das circunstâncias. “Saber transmitir a vida é participar do plano criador de Deus”.

5. Matrimónio, sacramento do Amor. É possível amar o outro à maneira de Jesus. Mais do que um contrato é uma aliança. Enquanto o contrato obriga ao seu cumprimento, a aliança conduz á liberdade para amar. “Quem casa é para fazer o outro feliz”. O casamento não é abdicar de alguma coisa mas uma escolha. Entender o casamento como sacramento é vê-lo como “sinal da presença do amor de Cristo nas nossas vidas”. 

6. Amor ao longo da vida. A presença e o olhar são duas dimensões que devem acompanhar a vida do casal ao longo da vida. Vencer todos os obstáculos que podem aparecer (egoísmo, agressividade, ódio, rancor, inveja, vingança, murmurações), implica ter presente que amar é cuidar sempre.
  
Na Diocese do Funchal, o CPM tem programado diversos encontros: dia 6 de fevereiro (Calheta), 7 de fevereiro (Santa Cruz), 22 de fevereiro (Funchal) e 26 de abril (Câmara de Lobos).
A finalizar a apresentação do livro, o sacerdote assistente do secretariado diocesano da família convidou à oração: 
“Senhor, Deus amor,
É belo e promissor o caminho que nos propões.
Caminho de encontro e partilha,
No gozo feliz de nos descobrirmos um ao outro
Amados no teu imenso amor. 
Queremos juntos, guiados por Ti
E iluminados pelo nosso amor,
Como o povo peregrino no deserto,
Conduzido à terra prometida,
Avançar confiantes que nos conduzes 
Por sendas de felicidade.
Te pedimos que o nosso noivado
Seja oportunidade de crescermos
Na certeza de nos amarmos
E a preparação que fazemos para a celebração 
do Sacramento do Matrimónio
nos ajude a encontrar-Te como Senhor
e amigo de todas as horas.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Ámen”.

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