PAQUISTÃO Peshawar: A dor marcada a fogo
PAQUISTÃO
19/12 18:13 CET
Na
escola de Peshawar a dor tingida de vermelho é omnipresente.
Para os que sobreviveram ao massacre, o
cenário dantesco de que fizeram parte vai ficar indelevelmente gravado na
memória.
“Eles disparavam daquele lado e eu
corri para o lado direito daquela porta… Os alunos que estavam aqui ficaram
paralisados. Os que estavam nas carteiras ficaram encurralados entre os
empurrões e os gritos…
Vi muitos dos meus irmãos caídos a
serem trespassados pelas balas e a pedirem socorro…
Veja os sapatos… Ninguém pensou nos
seus haveres. Deixaram tudo para trás e correram para salvar a vida”, recordou
Ahmed Tahir, um dos poucos alunos sobreviventes.
Pais, amigos e anónimos que partilham a
dor, prestam homenagem aos que sucumbiram à ira dos talibã.
Andleeb Aftab, professora da escola,
também perdeu um filho.
“Quando entrei no hospital, vi que
estavam lá muitos colegas. Funcionários do hospital pediram-me para identificar
corpos que estavam num quarto…Não se aperceberam que eu também tinha perdido o
meu menino…
Também
tinha perdido o meu filho e estava à procura dele…”, relatou em lágrimas.
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