VATICANO Papa Francisco Consolação e esperança - Papa aos cristãos do Medio Oriente
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Francisco Consolação e esperança - Papa aos cristãos do Medio Oriente
RV
23/12/2014 03:21RV
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O Papa tem uma palavra para todos: pastores; jovens, idosos,
organizações carititativas, cristãos em geral, membros doutros grupos
religiosos e étnico, comunidade internacional... a todos apelando a não
resignar-se à situação de conflito, mas a dar, isso sim, o próprio
contributo para que se possa construir o mosaico da paz.
Seguindo as pegadas de São Paulo na sua carta aos Coríntios, o
Papa Franscisco situa a suamissiva no espírito da consolação e esperança que
nos vêm de Deus e que se manifesta mais uma vez, de forma inefável, na
comemoraçao do nascimento de Cristo.
O Papa diz acompanhar todos os dias as notícias que chegam do
Medio Oriente, onde aflições e tribulações não têm faltado, infelizmente, mas
mostra-se particularmente preocupado por aquilo a que define de “organização
terrorista, de dimensões antes inconcebíveis, que comete toda a espécie de
abusos e práticas indignas do homem”, atingindo de forma particular os cristãos
expulsos das suas terras, onde viviam desde o tempo dos apóstolos. Um
sofrimento que brada a Deus, apelando ao compromisso de todos por meio da
oração e iniciativas.
A todos, sem distinção de religião ou grupo etnico, o Papa
exprime, em seu nome e da Igreja em geral “unidade e solidariedade”. E fá-lo
pensando de modo particular “nas crianças, nas mães, nos idosos, nos deslocados
e refugiados, em quantos padecem a fome, naqueles que têm de enfrentar a dureza
do inverno sem um tecto para se protegerem.
Franciso encoraja à unidade em Cristo, nossa consolação e nossa
esperança, uma unidade mais do que nunca necessária. E recorda os “pastores e
fiéis, a quem foi pedido o sacrifício da vida, nos últimos tempos, muitas vezes
pelo simples facto de serem cristãos”; as “pessoas sequestradas, incluindo
bispos ortodoxos e sacerdotes de diferentes Ritos”, pedindo a Deus para que
possam regressar sãs e salvas às suas comunidades.
O Papa indica depois alguns sinais do “Reino de Deus” no meio
dessas hostilidades e sofrimentos:
Antes de mais, alegra-se pela a comunhão vivida com fraternidade e
simplicidade entre católicos, ortodoxos e fiéis doutras Igrejas na região. Um
“ecumenismo do sangue” – diz - exprimindo o desejo de que possam sempre
“dar testemunho de Jesus através das dificuldades. A vossa presença é preciosa
para o Medio Oriente” – escreve Francisco na sua carta em que agradece aos
cristãos pela sua “perservença”; cristãos que ele define de “fermento na
massa”, um pequeno rebanho, mas com “grande responsabilidade” na terra onde
nasceu e donde irradiou o cristianismo.
Outro sinal do “Reino de Deus” indicado pelo Papa é “o esforço por
colaborar com pessoas doutras religiões, com os judeus e com muçulmanos”.
Francisco recorda que não há outro caminho senão o do diálogo inter-religioso.
O diálogo é um “serviço à justiça e uma condição necessária para a tão desejada
paz” – remata.
O Papa encoraja aos cristãos a ajudarem a maioria muçulmana que
vive à sua volta a dar, com coragem e firmeza, testemunho de um Islão como
religião de paz e respeitoso dos direitos humanos. Encoraja-os também a
usufruir do direito de participar plenamente na vida e crescimento das suas
nações, a serem construtores de paz, reconciliação e desenvolvimento, a
construirem pontes segundo o espírito das bem-Aventuranças e a colaborarem com
as autoridades nacionais e internacionais.
E aqui exprime a sua gratidão aos pastores, desde os patriarcas ás
religiosas pela sua presença, acompanhamento e solicitude junto das
comunidades, recordando-lhes que a presença dos pastores junto dos seu rebanho
é importante sobretudo nos momentos de dificuldade.
Aos jovens o Papa manda um abraço, convidando-os a não terem medo,
nem vergonha de ser cristãos. Aos idosos, memória do povo, exprime a sua
estima, esperando que a essa memória seja semente de crescimento para as novas
gerações. O seu apreço vai também para a Cáritas e outras organizações
caritativas católicas de vários países, enaltecendo de modo particular o
esforço na educação para a cultura do encontro, respeito e dignidade de cada
ser humano.
Assegurando a ajuda de toda a Igreja, em oração e todos os meios à
disposição, o Papa repudia mais uma vez o tráfico de armas, recordando que o
que é necessário são projectos de vida. E incita a Comunidade interanacional a
acudir os povos do Medio Oriente, “promovendo a paz por meio da negociação e da
actividade diplomatica”.
Nos rastos da sua viagem ao Medio Oriente e do encontro de oração
no Vaticano com os Presidentes de Israel e da Palestina, o Papa convida a
continuar a rezar pela paz no Medio Oriente.
E conclui recordando “às queridas irmãs e irmãos cristãos do Meido
Oriente” que têm uma “grande responsabilidade” e que não estão sózinhos a
enfrentá-la”. Exprime também o desejo de “ter a graça de ir pessoalmente”
visitá-los e confortá-los.
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