VATICANO NATAL Papa pede alegria e atenção ao próximo
“A alegria de Natal é uma alegria especial, é uma alegria que não
é só para o dia de Natal, é para toda a vida do cristão. É uma alegria serena,
tranquila, uma alegria que acompanha sempre o cristão: também nos momentos
difíceis, nos momentos de dificuldade, esta alegria torna-se paz”, disse na
homilia da Missa, em que falou de improviso.
Francisco insistiu que a alegria cristã não é a do consumismo,
lamentando que haja pessoas que não saibam agradecer a Deus e tenham sempre
“algo de que se lamentar”.
“Nunca, nunca um santo ou uma santa teve uma cara de enterro,
nunca. Os santos tiveram sempre o rosto da alegria ou, pelo menos, no
sofrimento, o rosto da paz”, observou, recordando que o próprio Jesus, no seu
martírio, tinha “este rosto da paz e preocupava-se com os outros”.
Nesse contexto, o Papa destacou a importância de ir ao encontro
dos “miseráveis”, de curar as “chagas dos corações”, de “proclamar a liberdade
aos escravos”.
“Esta é a vocação de Cristo e também a vocação dos cristãos: ir
ao encontro dos outros, aos que têm necessidade – tanto necessidades materiais
como espirituais, muita gente que sente angústia por problemas familiares -,
levar a paz aí, levar a unção de Jesus, o óleo de Jesus que faz tanto bem e
consola as almas”, prosseguiu.
Francisco encontrou-se com vários grupos, antes da Missa,
incluindo as crianças que se preparam para a Primeira Comunhão, revelando que
acompanhou a sua catequista até quando esta morreu, em 1987.
Em seguida, o Papa reuniu-se com representantes da comunidade cigana
e famílias pobres, acompanhadas pela paróquia, que encorajou a não perder a
esperança.
“Desejo-vos o melhor, que haja sempre paz nas vossas famílias e
que haja trabalho, que haja alegria. A alegria de Jesus, a paz de Jesus, e
assim avançar: não perder a esperança nos momentos difíceis, porque a esperança
não desilude”, declarou.
O programa incluiu um encontro com os doentes, a “força da
Igreja”, que desafio a viver este momento com “paciência” e também com alegria.
Francisco cumprimentou ainda as crianças batizadas no último ano
e os seus pais, antes de confessar cinco pessoas. AE.
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