VATICANO Papa Francisco: As 15 doenças que afectam a Igreja e a Cúria romana
Papa Francisco:
As 15 doenças que
afectam a Igreja e a Cúria romana
22/12/2014,
14:07
O papa Francisco enunciou as
15 "doenças" que ameaçam a Igreja e a Cúria romana, como o "alzheimer
espiritual", o "sentimento de imortalidade", "a
mundanidade", "o exibicionismo" ou "a vaidade".
Papa enumerou as doenças uma a uma
ANDREAS SOLARO / POOL/EPA
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O papa Francisco indicou esta
segunda-feira, num discurso proferido no Vaticano, aquilo que classificou de 15
“doenças” que ameaçam a Igreja e a Cúria romana, como o “alzheimer espiritual”,
o “sentimento de imortalidade”, “a mundanidade”, “o exibicionismo” ou “a
vaidade”.
O papa aproveitou o
tradicional encontro na sala Clementina para as felicitações de Natal aos
membros da Cúria romana (que administram a Igreja), para os advertir sobre os
males que devem evitar.
Francisco começou por dizer
que “seria bonito pensar que a Cúria Romana é um pequeno modelo de Igreja”, acrescentando
que “um membro da Cúria que não se alimenta quotidianamente com o alimento (de
Deus) converte-se num burocrata”.
Diante dos cardeais
responsáveis pelos vários dicastérios que formam a Cúria, o papa foi enumerando
uma a uma as 15 doenças, começando por “sentir-se imortal ou indispensável”.
“Uma Cúria que não faz
autocrítica, não se actualiza e não tenta melhorar é um corpo doente”,
convidando os presentes a visitarem os cemitérios para ver os nomes de tantas
pessoas que “se achavam imortais, imunes e indispensáveis”.
Para Francisco, “isto deriva
da patologia do poder, do complexo de se sentir um eleito e do narcisismo”.
Outras doenças citadas como
males da Cúria são o “excesso de trabalho”, “o endurecimento mental e
espiritual”, “a excessiva planificação”, a “esquizofrenia existencial”, “a
acumulação bens materiais” e a “enfermidade da má colaboração”, entre outras.
O papa Francisco também
recordou que um dia leu que “os sacerdotes são como os aviões, só são notícia
quando caem”.
Sublinhou que, no entanto, “há
muitos que voam”, mas que “muitos criticam, entretanto poucos rezam por eles”.
O papa concluiu advertindo que
“quanto mal pode causar um só sacerdote, que pode fazer cair todo o corpo da
Igreja”. OBSERVATOR
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