BRASIL Cardeal-emérito D. Paulo Evaristo Arns
BRASIL
Cardeal-emérito
D. Paulo Evaristo Arns
Seus pais eram de
origem alemã. Depois ingressou no seminário dos franciscanos.
Três de suas irmãs são freiras, e um irmão faz parte da Ordem
dos Frades Menores
Foi ordenado presbítero no
dia 30 de novembro de 1945, em Petrópolis.
Por cerca de uma década
exerceu seu ministério, assistindo a população
desfavorecida de Petrópolis, onde também leccionou
no Teologado Franciscano de Petrópolis e na
no Teologado Franciscano de Petrópolis e na
Universidade Católica de
Petrópolis. Depois disto, foi para a França para cursar letras na Sorbonne, onde se doutorou em 1952. Voltando ao Brasil, foi
professor nas
faculdades de Filosofia, Ciências e
Letras de Agudos e Bauru. A seguir, retornou a Petrópolis,
onde voltou a dar assistência aos desfavorecidos
Em 2 de maio de 1966 foi eleito bispo titular de Respecta e auxiliar de São
Paulo, aos 44 anos. Recebeu
a ordenação episcopal em 3 de julho de 1966.
No dia 22 de outubro de 1970, o Papa Paulo VI nomeou-o
arcebispo metropolitano de São Paulo, tendo
tomado posse a 1 de novembro de
1970, exercendo o cargo até 15 de abril de 1998, quando renunciou, por limite de idade, detendo o título de Arcebispo-emérito de
São Paulo.
No Consistório do dia 5 de março de 1973, convocado pelo Papa Paulo VI, na Basílica
de São Pedro, Dom
Paulo foi criado cardeal-presbítero. Como cardeal eleitor, participou dos dois conclaves, de agosto e
de outubro
de 1978. Participou ainda, como cardeal não-votante,
dos conclaves de 2005 e
de 2013.
Brasão do Cardeal Arns
lema: "EX
SPE IN SPEM" (De Esperança em Esperança), traduz a certeza do cardeal de que em Deus esperou
e não será confundido, numa referência ao Livro dos Salmos (Sl.
70,1), sendo uma expressão da total e confiante adesão a Cristo e do humilde abandono do
cardeal nas mãos da Divina Providência
.
Ficou conhecido como o
Cardeal dos Direitos Humanos, principalmente por ter sido o
fundador e líder da
Comissão Justiça e Paz de São Paulo, e
sua atividade política era
claramente vinculada à
sua fé religiosa. Segundo ele: "Jesus não foi
indiferente nem estranho ao problema da dignidade e dos direitos da pessoa humana, nem
às necessidades dos mais fracos, dos mais necessitados e das vítimas da
injustiça. Em todos os momentos Ele revelou uma solidariedade real com os mais pobres e
miseráveis (Mt 11,
28-30; lutou contra a injustiça, a hipocrisia, os abusos
do poder, a avidez
de ganho dos ricos, indiferentes aos sofrimentos dos pobres, apelando fortemente
para a prestação de contas final, quando voltará na glória para julgar os vivos e
os mortos."
Enquanto bispo-auxiliar, trabalhou na Zona
Norte paulistana, no bairro de Santana. Durante a ditadura militar, na década de
1970, notabilizou-se na luta pelo fim das torturas e
restabelecimento da democracia no
país, junto com o rabino Henry Sobel,
criando uma ponte entre a comunidade judaica e
a Igreja
Católica em solo paulista. No mesmo
período, também foi um dos escritores do livro "Brasil nunca mais" e integrou
o movimento "Tortura nunca mais".
Renovou o plano
pastoral da Arquidiocese
de São Paulo, instituindo novas regiões episcopais (divisões
da Arquidiocese de São Paulo) e quarenta e três novas paróquias.
Em 1972 criou a Comissão Brasileira de Justiça e Paz de São Paulo.
Incentivou a Pastoral
da Moradia e a Pastoral Operária.
Em 22 de maio de 1977 recebeu o título de "Doutor
Honoris Causa" (juntamente com o presidente
norte-americano Jimmy Carter)
da Universidade
de Notre
Entre 1979 e 1985,
coordenou com o Pastor Jaime Wright,
de forma clandestina, o projeto Brasil:
Nunca Mais. Este projeto tinha como objetivo evitar o possível desaparecimento de
documentos durante o processo de redemocratização do país. O trabalho foi realizado
em sigilo e o resultado foi a cópia de mais de um milhão de páginas de processos
do Superior Tribunal Militar (STM). Contudo, este material
foi microfilmado e remetido ao exterior diante do temor de uma apreensão dmaterial. Em ato público realizado dia 14 de junho de 2011, foi anunciada a futurarepatriação, digitalização e disponibilização para todos os brasileiros deste acervoEm 3 de junho de 1980 recebeu , em São Paulo o Papa João Paulo II.
Em 1992, Dom Paulo criou o Vicariato Episcopal da Comunicação,
com a finalidade de fazer a Igreja estar
presente em todos os meios de
comunicação. Em 22 de
fevereiro de 1992inaugurou uma nova residência destinada aos padres idosos, a Casa
fevereiro de 1992inaugurou uma nova residência destinada aos padres idosos, a Casa
São Paulo, ano
em que também criou a Pastoral dos Portadores de HIV. Em 1994 criou o Conselho
Arquidiocesano de Leigos.
Em 1996, após
completar 75 anos, apresentou renúncia ao Papa João
Paulo II, em função das normas
eclesiásticas, renúncia esta que foi aceite.. A partir de então, tornou-se arcebispo
emérito de São Paulo e foi substituído por Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes.
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