SÍRIA Terminou a batalha de Aleppo
SÍRIA
Terminou a batalha de
Aleppo
Combates na zona leste
de Alepo terminaram, diz embaixador russo na ONU
Os combates na zona
leste de cidade síria de Alepo terminaram após a retirada de
combatentes rebeldes,
anunciou hoje o embaixador russo junto das Nações Unidas
(ONU), Vitali
Tchurkine.
"Os combates à
volta de Alepo-leste terminaram", afirmou o diplomata,
acrescentando que
"os combatentes rebeldes começaram a partir" e que, na
sequência desta
retirada, "as operações militares pararam".
Um acordo para a
retirada de civis e de combatentes insurgentes da cidade de Alepo
(norte da Síria) foi
hoje alcançado com o Governo de Damasco, havia anunciado antes
o embaixador, uma
informação confirmada por responsáveis rebeldes.
Esta informação surgiu
poucas horas a seguir ao anúncio de que o Conselho de
Segurança das Nações
Unidas iria reunir-se hoje de urgência em resposta à situação
em Alepo, após relatos
de que as forças pró-sírias executaram dezenas de civis
naquela cidade
devastada por combates.
A reunião de urgência
foi solicitada por Paris e por Londres.
Os termos do acordo
foram concluídos "sob a liderança da Rússia e da Turquia",
aliados do regime do
Presidente sírio, Bashar al-Assad, e da rebelião síria,
respetivamente,
indicou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP Yasser al
Youssef, um
responsável da estrutura política do influente grupo Harakat Nour Din al
Zenki.
O representante
acrescentou que o plano prevê, numa primeira etapa, a retirada de
feridos e de civis,
seguindo-se os combatentes com as respetivas armas ligeiras.
"Aqueles que
partirem poderão ir para a zona oeste da província de Alepo ou para a
província (vizinha) de
Idleb (noroeste)", áreas controladas pelas forças rebeldes,
concluiu.
Uma fonte de outro
influente grupo rebelde islamita, Ahrar al-Cham, também
confirmou o acordo
para o processo de retirada, precisando que os civis e os
combatentes rebeldes
serão transportados em autocarros para essas regiões.
Em reação ao anúncio
do acordo, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU,
Samantha Power, pediu
que "observadores internacionais independentes" sejam
destacados para Alepo
para supervisionar a retirada "com toda a segurança" dos civis
daquela cidade.
As forças
governamentais sírias, apoiadas pelas forças aliadas russas, lançaram há três
semanas uma ofensiva
para recuperar a zona leste de Alepo, um bastião rebelde
desde 2012.
Dos 275.000 civis que
se estimava viverem em Alepo (a segunda maior cidade síria)
quando foi lançada a
ofensiva, cerca de 70.000 fugiram nos últimos dias, na sua
maioria para centros
de deslocados montados pelo Governo na parte oeste da cidade.
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