EUTANÁSIA«ninguém pode matar»


EUTANÁSIA«ninguém pode matar»
Carta aberta aos deputados portugueses 
fev 2020 
D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga, escreveu uma carta aberta aos deputados portugueses para explicar o seu “não à Eutanásia e ao Suicídio Assistido”, considerando que se está perante uma “interrupção voluntária do amor e da vida”.
“Com a eutanásia e o suicídio assistido provoca-se deliberadamente a morte de outra pessoa (matar) ou presta-se ajuda ao suicídio de alguém (ajudar a que outra pessoa “se mate”). A eutanásia não acaba com o sofrimento, acaba com uma vida!”, lê-se na missiva.
D. Nuno Almeida considera que, quer a eutanásia, quer a obstinação terapêutica, “desrespeitam o momento natural da morte (deixar morrer)”.
 “Se neste momento fosse deputado pensaria especialmente nas mais frágeis. No momento de decidir o voto não poderia dar prioridade a estratégias políticas, ideológicas ou a orientações partidárias”, desenvolve o bispo auxiliar de Braga.
D. Nuno Almeida afirma que se fosse deputado o seu “voto seria não” e realça que como cidadão e como crente, diz “não à Eutanásia e ao suicídio assistido”.
O responsável católico observa há doentes que se sentem mortos “psicológica e socialmente”, porque “mergulharam numa vida sem sentido e experimentam a mais profunda solidão”, questionando se “quererão realmente morrer ou quererão sentir-se amados”.
A carta aberta realça que, para os crentes, a vida “não é um objeto” de que se possa dispor arbitrariamente, mas “é dom de Deus e uma missão a cumprir” e cingindo-se a uma reflexão filosófica salienta que “não é lógico contrapor o valor da vida humana ao valor da liberdade e da autonomia”.
Refere também que existe a consciência que “nunca pode haver a garantia absoluta” que o pedido de eutanásia “é verdadeiramente livre, inequívoco e irreversível”, uma vez que, em fases terminais “sucedem-se momentos de desespero, alternando com outros de apego à vida”.

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