REFLEXÃO: Estamos à beira dum abismo
Estamos num mundo de conflitos, de intrigas, de desordem, de crise económica e ética, de falta de respeito pela pessoa humana, de valores fundamentais da dignidade humana, a que se apoda o título agradável e sonante de “ser moderno”. Confesso que lastimo muito a vida que se leva, que supera em muito a “dignidade” que têm os animais conduzidos pelo instinto da sua própria natureza. E é pena porque o homem é um animal racional que devia orientar-se no caminho do bem e da verdadeira dignidade conduzido pela razão.
Foi beatificado no passado dia 1 de Maio em Roma, o Papa João Paulo II, um homem querido e amado por gente de todo o mundo, por gente de todos os credos, por ateus ou agnósticos, um homem que foi modelo de dignidade humana, defensor dos direitos humanos, promotor incansável da paz, muito próximo das pessoas, porque viveu os horrores da Guerra, trabalhou para se formar. Assim foi Wojtila.
Deixou-nos entre muitos escritos a carta missionária Redemptoris Missio na qual disse: “Nu mundo moderno, há tendência para reduzir o homem unicamente à dimensão horizontal. Mas o que acontece ao homem que não se abre ao Absoluto? A resposta está na experiência de cada um, mas está também inscrita na história da humanidade, como sangue derramado em nome de ideologias e regimes políticos que quiseram construir uma “humanidade nova” sem Deus. (RM, 8)
No ano 2000 estive em Roma no Congresso Missionário Mundial. Mais de 1200 participantes de todo o mundo. O Conferencista, o teólogo Bruno Forte, acentuou por várias vezes: “O homem rejeitou Deus, o homem matou Deus, o homem pôs Deus de lado, e sem Deus só nos resta uma coisa…cair no abismo. E, de facto, estamos à beira dum abismo, dum abismo irreparável. Falta o pão, há pobres e, há miséria, há conflitos institucionais, familiares, empregados-patrões, há desemprego, há “terrível sofrimento” entre nós portugueses neste pequeno país; e em que os pobres são sempre os sacrificados para pagar a dívida. AS in JN 10.04.2011
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