FÁTIMA JORNADAS MISSIONÁRIAS 2011: «Sou muito feliz a fazer voluntariado»

«Não podemos impingir» o voluntariado porque «tem de ser de nós», afirmou a coordenadora do Ano Europeu do Voluntariado, nos trabalhos das Jornadas Missionárias
Fernanda Freitas defende que se deve «incutir o espírito de boas práticas de cidadania a partir dos 12, 13 anos». A jornalista do programa «Sociedade civil» da RTP falava aos 200 participantes das Jornadas Missionárias que decorrem em Fátima.
Voluntária, oficialmente, desde há sete anos, considera que, a partir dos 16 anos, deve ser permitido fazer voluntariado reconhecidamente, o que agora só acontece aos 18, idade em que é permitido fazer o seguro social voluntário. «Achava importante reduzir a idade», assinalou a coordenadora deste Ano do voluntariado. Já reuniu com o ministro da Solidariedade e a sugestão foi aceite, tendo Pedro Mota Soares já anunciado publicamente esta revisão da legislação.
Fernanda Freitas entende que é necessário «valorizar o voluntariado» e dar-lhe «reconhecimento». Em caso de candidatura de jovens a uma vaga da universidade, com a mesma média, a jornalista do «Sociedade civil» sublinha que era importante «dar mais um crédito ao aluno que tivesse feito voluntariado». O reconhecimento do voluntariado no curriculum vitae é uma das pretensões antigas de muitos.
O regresso ao emprego, depois de uma experiência de voluntariado de longa duração (mais de um ano), será «o ponto que vai reunir menos consenso», salientou Fernanda Freitas. Mas é uma preocupação que está a ser contemplada no projecto de lei que a Universidade Católica está a redigir sobre o voluntariado empresarial, até agora sem enquadramento legal. «Espero que esse ponto não caia», acrescentou. A coordenadora do Ano Europeu do Voluntariado salientou que é «muito importante» a formação dos voluntários e são as instituições que devem proporcionar essa formação. LO | Fátima Missionária

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