IRAQUE Exército iraquiano segura avanço contra Fallujah

IRAQUE
Exército iraquiano segura avanço contra Fallujah
Cidade vive 'catástrofe humana', pois moradores são incapazes de fugir.
Mais de 50 mil civis continuam presos com acesso limitado. 31/05/2016
 Militantes do EI reagiram com força de segunda para terça-feira (31) e contiveram uma ofensiva do Exército do Iraque num bairro do sul da cidade de Fallujah, um bastião do grupo militante perto da capital Bagdád, disseram autoridades.
Exército iraquiano segurou avanço contra Fallujah devido
 à reação do EI (Foto: AP)

Um agente humanitário alertou para uma "catástrofe humana" em curso na cidade, da qual os moradores são incapazes de fugir.
 Soldados da força de elite iraquiana Equipe de Reação Rápida detiveram seu avanço de segunda para terça-feira a cerca de 500 metros do bairro de Al-Shuhada, parte sudeste da área de Fallujah mais ocupada por construções, disseram um comandante do Exército e um policial.
"Nossas forças receberam fogo pesado, estão bem instaladas nas trincheiras e nos túneis", afirmou o comandante no Campo Tariq, a base recuada do Exército no sul de Falluja, localizada 50 quilômetros a oeste de Bagdá.
Um funcionário do principal hospital de Fallujah disse que a equipe de atendimento recebeu relatos de 32 civis mortos na segunda-feira. Fontes médicas relataram que o saldo de mortes da primeira semana da ofensiva iniciada no dia 23 de maio está em cerca de 50 pessoas, 30 civis e 20 militantes.

Fallujah está sitiada há mais de seis meses. Organizações de assistência estrangeiras não se encontram na localidade, mas estão fornecendo ajuda àqueles que conseguem sair e chegar a campos de refugiados. A ofensiva mais recente está causando alarme nestas organizações, já que mais de 50 mil civis continuam presos com acesso limitado a água, alimentos e assistência de saúde.
"Uma catástrofe humana está se desenrolando em Fallujah. Famílias inteiras estão presas no fogo cruzado e não têm nenhuma saída segura", disse Jan Egeland, secretário-geral do Conselho de Refugiados Norueguês, uma das entidades que ajudam as famílias que saíram da cidade.
"Em nove dias só soubemos de uma única família que conseguiu escapar de dentro da cidade", afirmou ele num comunicado nesta terça-feira. "As partes em guerra precisam garantir uma saída segura para os civis agora, antes que seja tarde demais e mais vidas sejam perdidas".

Fallujah é a segunda maior cidade iraquiana ainda sob controle dos militantes depois de Mossul, sua capital de facto no norte, que tinha cerca de 2 milhões de habitantes antes da guerra.

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