MISERICÓRDIA Domingo da Misericórdia por FREI LUIS TURRA*

MISERICÓRDIA  Domingo da Misericórdia  por FREI LUIS TURRA*
Jesus Cristo, o poeta e o mestre da misericórdia do Pai,
 ensinou a viver e a praticar acções misericordiosas.

O Papa São João XXIII afirmou no seu discurso de abertura do Concílio Vaticano II, no dia 11 de Outubro de 1962, que o Concílio não se podia limitar a repetir a doutrina tradicional da Igreja.
Amiúde a Igreja condenou erros, e em certas ocasiões até com bastante severidade. Hoje, pelo contrário, afirmou então o Papa, “a esposa de Jesus Cristo prefere empregar a medicina da misericórdia antes de empunhar a arma da severidade”.
Surpreendentemente o novo estilo pastoral que o actual Papa Francisco propõe e recomenda com tanta insistência, é o mesmo a que se referia São João XXIII, utilizando a expressão “medicina da misericórdia”. Desde então, o tema da misericórdia tornou-se actual e fundamental não só para o concílio, mas também para toda a prática pastoral da Igreja pós-conciliar.
Há assim uma perfeita sintonia entre o passado do concílio e o momento actual da Igreja, em que o Papa Francisco diz que a Igreja Católica deve ser como “um hospital de campanha após a batalha, cuidando das feridas dos seus fiéis, e saindo para encontrar os que foram machucados, excluídos ou se afastaram”. E Francisco alerta para o perigo da Igreja se fechar em pequenas coisas, em regras mesquinhas”.
O mais importante é a primeira proclamação: Jesus Cristo salvou-nos e os ministros da Igreja devem ser ministros da misericórdia acima de tudo. Daí que o ministério pastoral não pode reduzir-se  à transmissão de uma série incoerente de doutrinas a serem impostas. Temos de encontrar um novo equilíbrio, caso contrário o edifício moral da Igreja cairá como um baralho de cartas, perdendo a frescura e a fragância do Evangelho. (excerto da entrevista à Revista Civiltá Catolica, com António Spadaro).
Por sua vez, o Papa São João Paulo II, na homilia que proferiu por ocasião da canonização de Santa Faustina Kowalska, em Abril de 2000, disse que esta mensagem da Misericórdia devia ser como um raio de luz para o caminho do ser humano no terceiro milénio. E durante a sua última viagem à Polónia, em 2002, consagrou o mundo à Divina Misericórdia. Nessa ocasião, encarregou a Igreja de transmitir ao mundo o fogo da compaixão. Segundo a sugestão de Santa Faustina, o Papa polaco proclamou o II Domingo da Páscoa como o Domingo da Misericórdia. * Blog da Chapadinha  - Maranhão.

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