PORTUGAL Carga fiscal voltou a crescer em 2015. Impostos já são 34,5% do PIB
PORTUGAL
Carga
fiscal voltou a crescer em 2015. Impostos já são 34,5% do PIB
Dados revelados esta manhã dão
conta do peso crescente dos impostos no bolso dos portugueses. Grande maioria
das taxas cobradas pelo Estado aumentaram, mas há exceções.
Reuters INE 12.05.2016 POR BRUNO MOURÃO COM ELSA PEREIRA |
É uma das regras quase inevitáveis da vida dos portugueses: a subida
anual dos impostos e o respetivo peso na carteira. Tal como tinha acontecido em
2013 e 2014, o ano de 2015 trouxe um agravamento da carga fiscal em Portugal,
confirmado pelas contas do Instituto Nacional de Estatística divulgadas esta
manhã.
"Em 2015, a carga
fiscal aumentou 4,4%, após o crescimento de 2,1% observado em 2014,
correspondendo a cerca de 34,5% do PIB (34,2% no ano anterior)", pode
ler-se no destaque do INE, que detalha também a variação dos impostos diretos e
indiretos mais relevantes. De acordo com a agência de estatística, o
agravamento da carga fiscal "foi determinado pela evolução positiva da
receita dos impostos diretos (2,6%), dos impostos indiretos (6,0%) e das
contribuições sociai(4,0%)".
Nos impostos diretos, destaca-se
o aumento do IRC em 15,7%, enquanto "ao nível dos impostos indiretos,
destaca-se o comportamento da receita do imposto sobre o valor acrescentado
(IVA), com uma variação positiva de 4,7% e o acréscimo de 10,4% da receita com
o imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (ISP)". "A
receita com o imposto sobre o tabaco voltou a diminuir (-1,1%)", revela o
INE.
"Continuaram a
registar-se crescimentos acentuados da receita no imposto municipal sobre
imóveis (7,7%), no imposto sobre veículos (22,8%) e no imposto municipal sobre
as transmissões onerosas de imóveis (20,8%)", pode ainda ler-se no documentodisponibilizado através do site
oficial da agência nacional.
O grande destaque no que
toca a alívio do bolso dos portugueses foi o IRS, imposto que registou "um
decréscimo de 1,4%" nas receitas.
Mesmo com o peso fiscal a
aumentar, o INE destaca que "excluindo os impostos recebidos pelas
Instituições da União Europeia, Portugal manteve, em 2015, uma carga fiscal
inferior à média da União Europeia", com o Fisco a significar 34,3% do PIB
contra a média de 39% na UE a 28.
[Notícia atualizada às
11h50]
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