TAROUCA Peregrinação na Serra de Santa Helena por ARMANDO SOARES





Quem vem até Tarouca, não deixa de ver a indicação para o Santuário de Santa Helena. Foi no dia 08 de Junho que subimos para rezar e celebrar a festa. Presidiu D. António Couto, Bispo de Lamego. Cerca de 4 mil pessoas subiram a serra. Algumas seguiram a novena; outras vieram fazer o encontro de família, como romeiros espalhados pela serra, em numerosos piqueniques e outras (ou todas) vieram para rezar a Deus, sentindo-se mais pertinho do Céu. Por cima, o azul do céu e ao fundo o vale encantado de Tarouca. Uma beleza natural singular.
Pelas 11 horas começou a cerimónia religiosa com Missa seguida de Procissão. D. Couto orientou a assembleia para Deus, vendo na cruz de Santa Helena não um bocado de madeira mas o mistério da salvação e da redenção, inseridas na vida de cada dia. O povo inspirou devoção e respeito.

Com efeito há aqui uma “Construção singela, de cobertura de duas águas revestidas a telha com fachada de empena. As paredes são de alvenaria de pedra, rebocadas e caiadas. Na área envolvente, percursos pedonais em torno de acidentes geológicos conferem-lhe aspecto pitoresco. O local da implantação, em terreiro situado no local mais elevado da área do concelho, reforça-lhe papel singular como ponto de vista dominante sobre a paisagem. Sta. Helena, cuja designação deu nome à serra, é de culto posterior ao séc. XII, a fundação mais remota existente no local seria em devoção da Santa Cruz, posteriormente relacionado com a mãe do Imperador Constantino, daí possivelmente o nome de Sta. Helena da Cruz.”

No fim a Missa e antes da Procissão, o Pároco, reverendo Padre Carlos Silva, agradeceu ao Sr Bispo a sua presença, e a todos – mas a todos sem excepção – os que colaboraram na mais pequena coisa para que a Festa fosse o mais perfeita em, todas as dimensões: na liturgia, na igreja, no Santuário, na assistência às pessoas, na cozinha, e aos presentes quer autoridades, que simples peregrinos como eu. (Até os guardas estavam em sintonia com este proceder pois quando disse que era padre e jornalista logo me indicaram tudo o que devia fazer para chegar ao local). Creio que entrar numa paróquia assim em que todos trabalham nas suas diferentes tarefas é mesmo gratificante. É de paróquias dinâmicas que precisamos. Que as pessoas se sintam alguém que é activo. Não precisamos nada daqueles que só criticam os outros e nada fazem: não passam de um estorvo na comunidade. E o caminho deles não será de certeza o Céu de Jesus Cristo, mas um céu virtual criado nas suas cabeças). Parabéns, Padre Carlos. É difícil arrancar mas é absolutamente necessário para haver nova evangelização! Sem esquecer os nossos queridos jovens. Eles querem fazer alguma coisa, mas temos de os ajudar, de os acompanhar, de os acarinhar e mobilizar.

Às 17h00 fez-se a bênção dos terrenos e das alfaias de trabalho. Aqui dominam os pomares e agricultura.

Como é bom sentir a festa no coração das pessoas, sentir longe a solidão que envolve o trabalho e a vida social, e a numerosa terceira idade! Na festa mesmo com mais de setenta somos todos gaiatos!

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