AMAZÓNIA violência e do saque»


AMAZÓNIA violência e do saque

 Laudato Sí: «Amazónia  com vírus da violência e do saque» 
Amazónia brasileira

Entre os dias 16 e 25 de maio, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para Ecologia Integral e Mineração (CEEM) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a ‘Semana Laudato Si’, 5 anos: Ecologia Integral e Mineração’. 
Com a realização de debates temáticos diários sobre a encíclica, refletindo sobre o futuro do planeta. De notar que para a Amazónia brasileira, têm-se tomado ultimamente posições que não comtemplam os apelos do Papa Francisco na sua Encíclica LS. São uma resposta negativa também à ‘bagagem’ do Sínodo sobre a Amazónia, às orientações dos Padres sinodais  expostas no documento final e na ‘Querida Amazónia’. É com tristeza que fazemos o ponto da situação, agravado com a pandemia do novo coronavírus.
O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado. A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum.  (Laudato Si, 13)
No Brasil encontramos seis biomas de características distintas:  Amazónia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. 
No documento do Papa, o bioma que ganhou atenção especial foi a Amazónia, que é o maior do Brasil e abriga mais de 2.500 espécies de árvores e 30 mil de plantas.
A bacia amazónica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, atravessa a região e vai desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

Violência e saque 
A Frente Parlamentar mista para os Direitos dos Povos Indígenas no Brasil denuncia que “mesmo quando a pandemia freia a economia, o garimpo e o desmatamento ilegal em terras indígenas do continente estão a todo o vapor”.
Os 67 bispos da Amazónia brasileira associam a atual crise socio-ambiental ao afrouxamento das fiscalizações e ao contínuo discurso político do governo federal contra a proteção ambiental e as áreas indígenas protegidas. Já se vislumbra “uma imensa tragédia humanitária causada por um colapso estrutural”.
Os bispos denunciam, em particular, os projetos de lei para mineração em terras indígenas e medidas que tentam definir um novo regulamento fundiário, eliminar a reforma agrária, favorecer a grilagem de terras, o desmatamento e os empreendimentos predatórios, e as ocupações ilegais feitas pelo agronegócio em terras indígenas.
As atividades extrativas destroem a floresta e a circulação de mineiros e camionistas são perigoso veículo de contágio de covid-19 para as comunidades do interior do país. A extração de ouro foi declarada atividade essencial pelo governo.
A violência aumenta. Em 2019, a grande maioria dos assassinatos por conflitos rurais no país (84%) aconteceram na Amazónia.
Por estas denúncias, em vários contextos, a Igreja vem sendo caluniada e atacada, como aconteceu recentemente com as vergonhosas e infundadas acusações, que repudiamos, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI - do governo federal brasileiro) contra o Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

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