Com Deus ou sem Deus tudo muda
O
Papa Bento XVI alertou esta sexta-feira, 25, no Vaticano, para a necessidade
dos cristãos contrariarem uma “mentalidade” social que ameaça cada vez mais
“renunciar a toda e qualquer referência” de Deus.
“Nunca
nos deveríamos cansar de propor sempre de novo esta questão, de recomeçar a
partir de Deus, para voltar a dar ao homem a totalidade das suas dimensões, a
sua plena dignidade”, salientou o Papa, uma mensagem dirigida ao Conselho
Pontifício para os Leigos e publicada pela sala de imprensa da Santa Sé.
O
Conselho Pontifício para os Leigos encontra-se reunido em assembleia plenária
para reflectir sobre “A questão de Deus, hoje”.
Bento
XVI classificou o assunto em debate como uma interrogação fundamental, que
conduz o homem “às aspirações de verdade, felicidade e liberdade que habitam
o seu coração e que aguardam concretização”.
“O
homem que desperta em si a questão de Deus abre-se à esperança, a uma
esperança digna de fé, pela qual vale a pena enfrentar a fadiga de caminhar
no presente”, sublinhou.
Para
o Papa, a renúncia social “a toda e qualquer referência ao transcendente” tem
feito com que as pessoas sejam incapazes de “compreender e preservar o
humano”.
Uma
lacuna que, acrescenta, está bem visível numa crise que antes de ser “
económica e social, é uma crise de significado e de valores”.
“Quando
o homem se limita a procurar existir no âmbito do que se pode calcular e
medir, acaba por ficar sufocado”, apontou Bento XVI, que sublinhou a
importância decisiva dos leigos para mudar esta situação, através de um
“testemunho transparente da relevância da questão de Deus, em todos os campos
do pensar e do agir”.
“Na
família, no trabalho, como também na política e na economia, o homem
contemporâneo tem necessidade de ver com os próprios olhos e de tocar com as
próprias mãos que com Deus ou sem Deus tudo muda”, concluiu. O APOSTOLADO
25.11.2011
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