Jornadas Missionárias 2013 Ide e Ensinai por D. António Couto
Ide e anunciai
D.
António Couto, presidente da Comissão Episcopal das Missões e da Nova
Evangelização apresenta o tema das Jornadas Missionárias, que este ano são
também Jornadas da Pastoral Juvenil. O dinamismo missionário da Jornada Mundial
da Juventude será recordado e apresentado nos dias 20 a 22, em Fátima, onde os
jovens terão uma participação relevante
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“ Ide e anunciai" é o tema das próximas
Jornadas Missionárias. Com que novidade o mandato de há dois mil anos será
analisado?
D.
António Couto (AC): A escolha é claramente por causa do tema da Jornada Mundial
da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro (Brasil), porque ainda estamos no ano das
jornadas e porque a juventude também vai participar. A nossa organização
juvenil das JMJ também vai estar presente nestas Jornadas Missionárias.
Vamos
pela primeira vez ter uma espécie de fusão entre aquilo que é a organização das
jornadas propriamente missionárias e também das JMJ. Eles vão estar presentes e
portanto vai haver uma simbiose muito jovem. Serão umas jornadas muito jovens
com teor missionário. O “Ide” significa não ficar aqui, nem ali e não ficar
assim. Implica mudar. Por isso vamos tentar imprimir este “Ide” no coração e na
alma de cada participante e também daqueles que tiverem acesso através de
outros meios, por exemplo da comunicação social, a estas jornadas. Como referi,
elas vão ter um teor particular porque a juventude das JMJ também vai ter vez e
voz nestas jornadas missionárias.
AE: As palavras do Papa Francisco e o
ambiente da JMJ estarão presentes? O encontro foi um momento novo de
evangelização?
AC: Sim,
estará presente. Os jovens encarregar-se-ão desse colorido e desse tom, não só
naturalmente mas também com expressões que eles acharem mais oportunas, como o
canto, a dança, a oração… E, vai estar presente, sim, o estilo do Papa
Francisco. Hoje, não há outra maneira de vermos a Igreja de uma forma simples,
alegre, dedicada e apaixonada mas completamente simples, dedicados aos outros.
É esse o
caminho por onde temos de ir. É esse o caminho que temos de abrir porque ele
não está aberto de todo. Ainda estamos longe de o ter bem aberto. Isto são
lampejos que estão a surgir… É esse o caminho que nos pode unir e reunir a
todos e que também nos pode ajudar porque quando nós estamos unidos juntos
conseguimos ultrapassar qualquer crise. Portanto, pode-nos ajudar nomeadamente
a ultrapassar as crises mais diversas em que estamos envolvidos.
AE: A
Jornada Mundial da Juventude foi uma oportunidade de evangelizar aqueles que
podiam estar mais distraídos?
AC: Sim,
houve com certeza muita juventude que foi ao Rio de Janeiro não tanto por causa
do Papa Francisco, nem por serem as JMJ, mas para verem o espetáculo que ia
acontecer. Mas além do espetáculo temos de lhes dizer que há outra teoria,
outro espetáculo que acontece dentro de nós. É para aí que temos de apontar.
Penso que
muitas pessoas foram ao Rio de Janeiro devido à imensa multidão de jovens e nós
sabemos todos que os jovens adoram ver grandes multidões. Um jovem sozinho não
faz nada, mas uma multidão de milhões é excecional. Depois, cada um há sua
maneira foi tocado no seu coração, não só pelas palavras do Papa Francisco mas
também pelos testemunhos dos outros jovens e é isso que nós também queremos fazer
nas nossas Jornadas Missionárias e que vão ter a clara participação da JMJ.
Penso que nos devemos preocupar por tocar as “cordazinhas” mais finas do
coração das pessoas, que se calhar já não tocam há muito tempo. Nós tocamos as
mais grossas, mas as fininhas quase nunca são tocadas e são é essas cordinhas
fininhas que temos de por a tocar. Isso é, sem dúvida, a nova evangelização,
ainda que seja claro que não são
tanto novos métodos, nem novas estratégias, nem novos andaimes, é sobretudo uma
fidelidade nova, mais intensa para com o Senhor Jesus. Nós não podemos fazer
sozinhos uma evangelização nova. Temos de fazer sentir aos jovens e aos menos
jovens, a todos, que na minha
vida Cristo está comigo, na tua vida Cristo está contigo e que na nossa vida
Cristo está connosco e no meio de nós, isso é a nova evangelização. ECCLESIA
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