HONDURAS Uso da força contra os indígenas


O governo cessante do presidente Porfirio Lobo Sosa militarizou  as comunidades indígenas Lenca no oeste do país, que se opõem à construção do projecto de mega-hidroeléctricas chamado Agua Zarca: denunciou Bertha Cáceres, Presidente do Conselho de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinha).
Activista dos direitos humanos também conhecido a nível internacional, a personalidade inconveniente para o governo nascido depois de Junho de 2009 no golpe contra Manuel Zelaya, Cáceres fez referência à chamada Operación Libertad, operação em andamento no departamento de Initibuca envolvendo militares, polícias e elementos de empresa de segurança privada com sede perto do Río Blanco.
Para Cáceres,perseguido por sua luta pela justiça social, a situação no Initibuca é semelhante à criada pelo exército chamado Operación Xatruch há três anos na região de Bajo Aguán, onde milhares de ‘camponeses’, que afirmam que o direito à terra é exposto à violência dos latifundiários. Nell'Aguán, pelo menos 55 pessoas foram assassinadas nos últimos anos, principalmente os líderes camponeses, enquanto o exército mantém cercadas várias comunidades locais e tem usado repetidamente a força contra a população.
"Onde há movimentos fortes contra as multinacionais e senhorios, o exército chega imediatamente", alertou o líder do Lenca, as pessoas que lutam contra a construção de Agua Zarca pela empresa chinesa SinoHidro, uma planta que, quando concluída irá produzir 22 megawatts de potência e vai representar a maior hidroelétrica do país, num total de 24 projectos aprovados pelo Parlamento até à data, durante todo o mandato de Lobo.

Honduras vai voltar às urnas em 24 de novembro nas eleições presidenciais e legislativas. MISNA 20 De Setembro De 2013 - 16:54 HONDURAS

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