Volta Gaspar!!
Em momentos de crise e de grande crise
como aquela que atravessamos, é preciso o sacrifício coordenado de todos para
virarmos tudo a bom porto. É muito complicado. Creio que alguém aceita governar
só por “amor à camisola”, ao seu país, porque sabe à partida que tem de tomar
medidas drásticas! Mas não nos basta isto. Em Portugal a democracia é muito
confusa e incompreensível. Muito dão mais valor ao Partido que ao Estado, à
nação. E por isso temos uma oposição que ainda que Deus viesse do céu à terra
pedir-lhes consenso e colaboração para dominarmos mais depressa a crise, nunca
lhe diriam sim! Só conhecem o dizer mal, “o bota abaixo”, “o governo para a
rua”, conseguem cansar alguns que até têm “feeling político”, e que acabam por
ir para casa levando uma vida mais sossegada e de dedicação à família que é o
que hoje pouco há na cabeça de muitos, e que nos querem – não o merecem –
representar. Nesta persistência – ingrata mas audaz e bem estudada – com largo
conhecimento de causa e dos lugares e pessoas que podem puxar por nós, saliento
um homem como Vítor Gaspar. Porque era a alma e um homem sabido e persistente,
sério e de poucos risinhos, a oposição não descansou enquanto o viu fora do
elenco governativo. Foi uma grande perda. Tenho direito de ter a minha opinião
que de certeza não será única. Lembro homens que se dedicaram à causa da paz,
por exemplo, numa vida louca como a de Giorgio La Pira. Vítor Gaspar era uma
espécie de G. La Pira, desculpem a comparação, pois cada um é igual a si
próprio e irrepetível. Continuamos a ter uma oposição mais silenciosa mas que
não tem afinal nada de novo para dar. Está mais que visto! Cansada. Triste por
afirmações de Barroso e Basílio Horta e outros. “Volta Gaspar”, ah! Grande
Basílio! Sinais positivos vão aparecendo… ainda que com a nossa lentidão,
alentejana ou/e açoreana! Somos todos sacrificados. Os que mais podem mais
deveriam dar… talvez seja certo; mas também são muitas vezes os que nas crises,
mais arriscam!
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