EGIPTO Cristãos bem representados na assembleia constituinte
O
Egipto deu, ontem, o primeiro passo no sentido de elaborar uma nova
Constituição, com a nomeação de uma assembleia constituinte que será
encarregada de escrever o documento, a aprovar posteriormente em referendo.
A Constituição que estava em vigor até Julho,
altura em que o Presidente islamista Mohamed Morsi foi deposto, tinha sido
elaborada por uma comissão composta
maioritariamente por islamitas.
Os poucos cristãos presentes nessa comissão abandonaram os trabalhos antes da
sua conclusão, em protesto.
A anterior assembleia era composta por 100 membros, dos quais 66 eram islamitas, apenas cinco eram cristãos e tinha um
total de seis mulheres. A nova assembleia é radicalmente diferente, apesar de
ter apenas metade dos membros, 50, há 20 cristãos, representando várias
confissões, e cinco mulheres entre os seus membros.
Os cristãos são a maior minoria religiosa no
Egipto, representando cerca de 12% da população. No geral, os coptas, como são
chamados, têm apoiado o novo Governo militar, no poder desde Julho,
sofrendo por isso duras consequências
durante as revoltas islamitas
dos últimos dois meses.
Até ao momento, os únicos críticos da assembleia constituinte são os islamitas, incluindo o partido Al-Nour, que apoiou
moderadamente a destituição de Morsi em Julho. Os representantes deste partido
consideram que a assembleia não tem
islamitas suficientes e temem
que sejam apagadas da nova Constituição referências ao Islão. RR 03.09.2013
Comentários
Enviar um comentário