FATIMA Jornadas Missionárias: desafio missionário aos jovens

Obras Missionárias Pontifícias e Departamento Nacional da Pastoral Juvenil unem-se para «revitalizar anúncio»

Cruz da JMJ
 Começaram no dia 20 de Setembro de 2013, as Jornadas Missionárias, em Fátima, com o tema “Ide e anunciai!» e lançam um apelo à “revitalização do anúncio do Evangelho”.
 A Missão exige um movimento pra o exterior, em direcção continental ou na direcção ad gentes, internacional, isto é, saindo da própria casa“ da sua comunidade ou da sua diocese ou do seu país, revela o movimento Obras Missionárias Pontifícias e o Departamento Nacional da Pastoral Juvenil.
Este ano as Jornadas Missionário 2013, que terminaram no dia 22, apresentaram a novidade de se realizarem em conjunto com as II Jornadas da Pastoral Juvenil.
“Refrescar o coração” reflectindo temas como a “Juventude e Família”, “Juventude e cultura” e o manancial das “JMJ do Rio de Janeiro
A presença de alguns dos 700 participantes portugueses que estiveram na Jornada Mundial da Juventude deste ano, no Rio de Janeiro, origina uma “simbiose muito jovem, com teor missionário que já lá está naquele ‘Ide’ que significa não ficar aqui, nem ali e não ficar assim, implica mudar”, revela à Agência ECCLESIA D. António Couto, bispo de Lamego e presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização.
“Nós não podemos fazer sozinhos uma evangelização nova, temos de fazer sentir aos jovens e aos menos jovens, a todos, que na minha vida Cristo está comigo, que na nossa vida Cristo está connosco e no meio de nós, isso é a nova evangelização”, acrescentou.
 “Serão necessariamente muito diferentes (no número de participantes, no âmbito e nos próprios conteúdos e programa…) as II Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil que nos preparamos para viver”, assinala o padre Eduardo Novo, director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) da Igreja Católica em Portugal, num artigo publicado na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.
O responsável transporta para o encontro português as três palavras com que o Papa Francisco sintetizou a JMJ Rio2013: “Acolhimento, festa e missão”.
A palavra “missão” tem um “triplo sentido”, nas Jornadas Missionárias 2013 e nas II Jornadas Nacionais de Pastoral Juvenil: porque “alguém ousou a saída de si”, porque se pretende que cada participante “ouse” também essa saída e porque as duas jornadas sublinham “ainda mais a centralidade da Missão”.
A “festa” vai realizar-se no encontro com o outro mas a “festa maior” acontece nos muitos momentos de celebração que “um Santuário, como o de Fátima, ainda mais acentuou”, revela o padre Eduardo Novo.
Por último, o sacerdote interroga-se sobre a relação da palavra “acolhimento”: “Pese muito embora as tão diferentes circunstâncias, não é também a mesma Mãe – em Aparecida ou em Fátima – a acolher-nos e a enviar-nos?”.
Segundo o  diretor do DNPJ, “urge uma fé esclarecida e esclarecedora, renovada, abrindo Igreja a outro tempo de relação e de beleza”.
D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu e vogal da Comissão Episcopal do Laicado e Família, assinala a respeito das jornadas que ser jovem cristão é “ser enviado permanentemente” a anunciar “Jesus e os Seus valores” no seu próprio ambiente.
O prelado que interpela os jovens a aceitarem o desafio da missão e a entrarem na barca que é a Igreja revela que estes mesmos jovens têm de “conhecer as culturas juvenis e, concretamente, as culturas emergentes, face ao fenómeno religioso”.
À Agência ECCLESIA, D. Ilídio Leandro explica que acredita no futuro e nos “jovens para dinamizarem Portugal a Europa e o mundo”.
De acordo com palavras do Papa Francisco, os jovens, com a sua alegria, são uma “parte importante na festa da fé”, porque demonstram que a fé tem de ser vivida com um coração jovem, “mesmo aos setenta ou oitenta anos”.
A missão não se acomoda e é “capaz de deixar estruturas e situações para iniciar projetos novos” que requerem o anúncio do Evangelho revigorando o que já existe: “Ai de nós se ficássemos agarrados ao contentamento do já feito!”, acrescenta a organização.

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