PORTUGAL CEP Fátima Família e Comunicação Social
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CEP Fátima Família e Comunicação Social
. Pio Alves Presidente da Comissão Episcopal da Cultura,
Bens Culturais e Comunicações Sociais A família, pelo interesse com que é
tratada ou pelo afão com que é desconstruída, continua a afirmar-se, com
evidência, referencial primeiro e pilar da sociedade. A Igreja não reivindica
para si o exclusivo da sua conceção. Assume-a na sua estrutural componente
natural e explicita a sua integração nos planos de Deus. Sempre foi assim. O
Papa Francisco, na sua iniciativa de um sínodo desdobrado sobre a família, sublinha,
ainda mais, a centralidade desta instituição. Pôs a Igreja, a sociedade, a
comunicação a refletirem sobre o todo da realidade familiar e das pessoas que a
integram. Não obstante a importância de dimensões ou aspetos agregados, a sua
discussão (às vezes, mais discussão que reflexão!) não pode distrair do
aprofundamento do essencial. Por aquela via, os ramos poderiam, supostamente,
converter-se em tronco e passariam a ser, realmente, apenas lenha. Neste
contexto eclesial e social, compreende-se bem que o Santo Padre, na Mensagem
para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, nos convide a pensar a
comunicação e a família: Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro
na gratuidade do amor – é o seu título. A Mensagem não é, em primeiro lugar, um
apelo à responsabilidade, ao respeito que a comunicação formal deve à família
no serviço dos media à sociedade. Dito de um modo coloquial, não vem pedir que
sejam bonzinhos e deem uma boleia à família ou às convicções da Igreja sobre a
família. 22 Com linguagem simples, abre o livro do dia-a-dia da vida familiar e
convida a ler e, se houver vontade disso, a aprender. “Às vezes, diz a
Mensagem, os meios de comunicação social tendem a apresentar a família como se
fosse um modelo abstrato que se há de aceitar ou rejeitar, defender ou atacar,
em vez duma realidade concreta que se há de viver; ou como se fosse uma
ideologia de alguém contra outro, em vez de ser o lugar onde todos aprendemos o
que significa comunicar no amor recebido e dado”. Eu sei que a imposição do
imediato, as pressas, a pressão dos números, a necessidade das vendas, a
rentabilização dos investimentos, a insegurança dos postos de trabalho e tantos
outros fatores empresariais não se compadecem, ou parecem não se compadecer,
com aparentes considerações piedosas. Mas não são considerações piedosas! Na
consolidação ou na recuperação.AE.
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