SÍRIA Estado Islâmico executou mais de 460 pessoas na Síria durante o último mês
SÍRIA
Estado Islâmico executou mais de 460 pessoas
na Síria durante o último mês
LUSA28
de Maio de 2015, às 10:33
O grupo
terrorista Estado Islâmico executou, pelo menos, 464 pessoas no último mês na
Síria, o que eleva para 2.618 o número de assassinatos de capturados desde a
autoproclamação do califado, em junho de 2014.
Colunas preservadas de Palmira, em foto de 2010 (Foto: Mohamed Azakir/Reuters) |
O Observatório
Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) refere hoje, em comunicado, que a contagem é
recente, entre 28 de abril e 28 de maio deste ano, um período durante o qual
metade das vítimas se registaram na cidade de Palmira, noticia a agência Efe
Entre os mortos
há 149 civis, dos quais 14 são menores de idade e treze são mulheres, afirma o
OSDH, referindo ainda que 67 dos civis morreram em Palmira, uma antiga cidade
na Síria central, localizada num oásis a cerca de 210 quilómetros a nordeste de
Damasco e que foi dominada pelo Estado Islâmico (EI).
As autoridades
sírias avançam um número de mortos superior e asseguram que o grupo radical
Estado Islâmico decapitou, pelo menos, 400 pessoas, a maioria crianças,
mulheres e idosos, em Palmira, desde 20 de maio, data em que o grupo terrorista
dominou a cidade síria.
A maioria dos
executados extrajudicialmente são efetivos do exército sírio e de milícias
aliadas, no total 296, enquanto os restantes são combatentes rebeldes rivais do
EI.
Os motivos
alegados pelos jihadistas para assassinar estas pessoas são variados:
apostasia, luta contra o EI, espionagem e cooperação com o regime sírio,
blasfémia, tráfico de drogas e traição aos muçulmanos, entre outros.
O EI proclamou em
finais de junho de 2014 um califado na Síria e no Iraque e conseguiu
expandir-se apesar dos bombardeamentos da coligação internacional, iniciados a
23 de setembro de 2014.
Há uma semana, o
Observatório afirmou que o EI controlava mais de 50% do território sírio, o que
equivale a 95.000 quilómetros quadrados, após os recentes avanços na província
central de Homs, onde se encontra Palmira.
AZM/ ARA //ARA
Lusa/Fim
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