REINO UNIDO Blair crê que britânicos estão a tempo de deter saída da União Europeia

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  Blair crê que britânicos estão a tempo de deter saída da União Europeia
O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, considerou numa entrevista hoje divulgada que os britânicos estão a tempo de deter o 'Brexit' se, "após terem verificado o que significa" a saída da União Europeia (UE), preferirem retroceder.
Reuters   REINO UNIDO POR LUS

"Porque não queríamos manter abertas as nossas opções? Porque não poderíamos dizer 'tomamos essa decisão antes de ver quais eram as suas consequências e, agora que as vemos, não estamos tão seguros?", susteve o ex-líder britânico, de 63 anos, numa entrevista hoje publicada pela revista New Statesman.

                 A rutura com a UE, decidida num referendo realizado em junho passado, "pode ser travada se os britânicos decidirem, após terem verificado o que significa, que a análise de custo-benefício e vantagens-sofrimento não é sustentável", acrescentou.
                 "Não estou dizendo, em todo o caso, que vá ocorrer, mas poderia [deter-se]", notou.
                 O ex-ministro britânico da Economia, Philip Hammond, admitiu ontem que o 'Brexit' vai originar uma redução de 122 mil milhões de libras (143 mil milhões de euros) nas finanças do Reino Unido até 2020.
                 Blair, que foi chefe do Governo britânico entre 1997 e 2007, excluiu na mesma entrevista regressar à primeira linha da política por considerar existir contra si "demasiada hostilidade".
                 O político trabalhista foi criticado este ano num relatório britânico sobre a guerra no Iraque por ter autorizado a invasão com provas "não justificadas" fornecidas pelos serviços de informações e sem ter esgotado a opção pacífica.
                 O Executivo conservador da primeira-ministra Theresa May prevê iniciar de forma oficial a rutura do Reino Unido com a UE antes de abril, e após o 'Brexit' ter saído vitorioso do referendo de 23 de junho, com 51,9% dos votos.
                 May aguarda que o Supremo tribunal confirme uma decisão que obrigaria a pedir autorização ao parlamento antes de ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dará início a um período de dois anos em que Londres e Bruxelas deverão negociar as condições da saída britânica.


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