REINO UNIDO Blair crê que britânicos estão a tempo de deter saída da União Europeia
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Blair crê que britânicos estão a tempo de deter saída da União Europeia
O ex-primeiro-ministro do Reino
Unido, Tony Blair, considerou numa entrevista hoje divulgada que os britânicos
estão a tempo de deter o 'Brexit' se, "após terem verificado o que
significa" a saída da União Europeia (UE), preferirem retroceder.
A rutura com a UE, decidida num referendo realizado em junho passado, "pode ser travada se os britânicos decidirem, após terem verificado o que significa, que a análise de custo-benefício e vantagens-sofrimento não é sustentável", acrescentou.
"Não estou dizendo, em
todo o caso, que vá ocorrer, mas poderia [deter-se]", notou.
O ex-ministro britânico da
Economia, Philip Hammond, admitiu ontem que o 'Brexit' vai originar uma redução
de 122 mil milhões de libras (143 mil milhões de euros) nas finanças do Reino
Unido até 2020.
Blair, que foi chefe do Governo
britânico entre 1997 e 2007, excluiu na mesma entrevista regressar à primeira
linha da política por considerar existir contra si "demasiada
hostilidade".
O político trabalhista foi
criticado este ano num relatório britânico sobre a guerra no Iraque por ter
autorizado a invasão com provas "não justificadas" fornecidas pelos
serviços de informações e sem ter esgotado a opção pacífica.
O Executivo conservador da
primeira-ministra Theresa May prevê iniciar de forma oficial a rutura do Reino
Unido com a UE antes de abril, e após o 'Brexit' ter saído vitorioso do
referendo de 23 de junho, com 51,9% dos votos.
May aguarda que o Supremo
tribunal confirme uma decisão que obrigaria a pedir autorização ao parlamento
antes de ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dará início a um período
de dois anos em que Londres e Bruxelas deverão negociar as condições da saída
britânica.
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