Semana Santa 7 «REFEIÇÃO DA CEIA»
Semana Santa 7 «REFEIÇÃO DA CEIA»
A Semana Santa começa com a
celebração do Domingo de Ramos e termina na noite pascal, dando-nos a
oportunidade de comemorar a refeição da Ceia, a Paixão de Cristo e a sua morte
na cruz. E com a festa da Páscoa, que celebra a Ressurreição, estes dias formam
o núcleo central de todo o ano litúrgico.
Ceia Pascal |
Nas nossas comunidades cristãs, mais
ou menos numerosas, organizam-se as celebrações, preparam-se os espaços,
multiplicam-se os convites, alarga-se a participação, acolhem-se familiares e amigos
que vêm “passar a Páscoa”, aumenta o ritmo, cumprem-se as tradições…
Há a vida de tantos que se manifesta
e observa, mas há, sobretudo a vida de Alguém que se celebra. É verdade que o
sofrimento, a injustiça, a tristeza e a morte estão presentes, mas somos
testemunhas da alegria, do serviço, da verdade e da vida que Jesus Cristo
protagoniza. Há um caminho marcado por estações (paragens) diversas, mas há,
antes de tudo, a meta da eternidade, à luz da qual tudo adquire sentido.
Viver os dias e celebrar os
acontecimentos da Semana Santa com os olhos na Ressurreição é sinónimo de
seguimento de Jesus Cristo e de disponibilidade para assumir a vida de todos os
dias, apesar das contrariedades.
O Papa Francisco afirmou um dia que a
Igreja precisa de membros decididos no seguimento e audazes no testemunho, mais
do que “cristãos de pastelaria”, disponíveis apenas para momentos sem dor ou
vivências não contrariadas. Não duvidamos que viver definitivamente com o
Senhor será a tal “pastelaria eterna” que todos anseiam, mas tal não se atinge
sem provas de fidelidade, quando as
“estações” também trazem desencontros, injustiças, perseguições, insucessos ou
exigem contrariar o comodismo e a facilidade.
A
festa espera-nos, mas não há verdadeira alegria sem ultrapassar a dor.
In VL 27.03.18 p.02.
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