Vaticano: Papa deixa conselhos a jovens padres e seminaristas sobre a Confissão
VATICANO
Papa deixa conselhos
a jovens padres e seminaristas sobre a Confissão
Mar 9, 2018 - 13:55 Ecclesia
Francisco realça que
confessores são «apenas instrumento da Reconciliação
O Papa Francisco afirmou hoje que os confessores devem lembrar-se que são instrumentos da Reconciliação, que não quer dizer uma redução do ministério, na audiência aos 400 participantes no Curso do Foro Interno, da Penitenciaria Apostólica.
O Papa Francisco afirmou hoje que os confessores devem lembrar-se que são instrumentos da Reconciliação, que não quer dizer uma redução do ministério, na audiência aos 400 participantes no Curso do Foro Interno, da Penitenciaria Apostólica.
“O sacerdote confessor não é fonte de
Misericórdia, de graça, nem instrumento indispensável, mas apenas instrumento”,
disse esta manhã, perante jovens padres e seminaristas.
Segundo Francisco, isso “deve favorecer uma
atenciosa vigilância” para o risco de o confessor se tornar ‘dono das
consciências’, sobretudo na relação com os jovens, “cuja personalidade ainda
está em formação e, portanto, é facilmente influenciável”.
O Papa destacou que as qualidades que definem
um confessor: “médico e juiz; pastor e pai; mestre e educador”.
‘A atenção que um jovem sacerdote confessor
deve ter ao administrar o sacramento da Confissão, em vista de um eventual
discernimento vocacional juvenil’, foi a reflexão apresentada aos 400
participantes do Curso do Foro Interno.
Para o pontífice é preciso redescobrir a
“dimensão instrumental” do ministério da Penitência, referiu recordando São
Tomás de Aquino.
“O confessor deve ser homem da escuta: Escuta
humana do penitente e escuta divina do Espírito Santo. Ao ouvir o irmão
penitente, ouvimos o próprio Jesus, pobre e humilde; ao ouvir o Espírito Santo,
colocamo-nos em zelosa obediência, tornando-nos ouvintes da Palavra”,
desenvolveu o Papa.
O curso promovido pela Penitenciaria
Apostólica centrou-se na “relação entre a Confissão sacramental e o
discernimento vocacional” no contexto do Sínodo dos Bispos que se vai realizar
entre 3 e 28 de outubro.
Francisco explicou que o discernimento vocacional
consiste, “antes de tudo”, numa leitura dos sinais que “Deus colocou na vida do
jovem, mediante as suas qualidades e inclinações pessoais”, através de
encontros e oração, “como fez Samuel: «Fala, Senhor, que o teu servo escuta»”.
Neste contexto, acrescentou, o colóquio da
Confissão sacramental torna-se “ocasião privilegiada de encontro com Deus para
o penitente e para o confessor”.
O pontífice referiu ainda que a vocação não
coincide com “o formalismo” mas “é o contacto direto, vital e imprescindível
com o próprio Jesus”, divulga o sítio ‘Vatican News’.
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