DEHONIANOS Vida Consagrada: Dehonianos desafiados a «fazer perguntas difíceis» para «repensar a missão»
DEHONIANOS
Vida Consagrada: Dehonianos
desafiados a «fazer perguntas difíceis» para «repensar a missão»
Abr 4, 2018 - 17:14
Carlos Liz, especialista em
estudos de mercado e opinião, falou sobre «resistência à mudança» aos religiosos
“A pergunta mais
difícil de todas, e por isso, vai direta ao tema da resistência à mudança é
tomando consciência, fazendo um balanço objetivo do trabalho de uma
congregação, em que medida é que se tem coragem de pôr em questão que lá porque
se tem feito as coisas e tem funcionado é motivo suficiente para se continuar
no mesmo registo, com o mesmo tipo de ação”, referiu Carlos Liz, em declarações
à Agência ECCLESIA.
O especialista em
estudos de mercado e opinião foi convidado para refletir sobre ‘Resistência à
mudança’ e afirmou que o tempo atual é “de grandes perguntas” e são “muito
corajosas as instituições, as pessoas, que se atrevem a fazer perguntas
difíceis”.
Ajudar os Dehonianos
a olhar para a frente “de forma aberta, certa”, foi o propósito de Carlos Liz
para quem a resistência à mudança pode ser visto como “fidelidade”, ou seja,
“continuação” nas coisas que sempre se fizeram mas, ao mesmo tempo, existe a
“intuição e pressentimento” que isso não chega porque “há desafios novos e
outro perguntativo”.
“A questão
fundamental é em vez de olharmos cada resistência identificamos uma força. Há
um trabalho interessante que é como é que estes obstáculos se ligam uns com os
outros, como mexer num pode ter efeito positivo sobre os outros”, desenvolveu,
sobre o exercício que fez com os Sacerdotes do Coração de Jesus.
Na abertura dos
trabalhos, esta terça-feira, o superior provincial desejou “uma assembleia rica
e intensa na oração, no diálogo e na partilha”, explicando à Agência ECCLESIA
que o órgão consultivo vai pensar nas prioridades da congregação.
O padre José
Agostinho de Sousa recorda que na última assembleia, há seis anos, se definiram
“algumas prioridades pastorais, apostólicas” e é preciso fazer o ponto de situação,
como pensar “algumas estruturas que estão vazias ou menos ocupadas”, “olhar
para a pastoral dos jovens” e universitária.
Em Alfragide estão
mais de 60 inscritos a ‘repensar a missão’ que hoje pede “transformação da
pastoral do acompanhamento”, irem ao encontro dos que estão sós, “fora tantas
vezes do âmbito da sociedade, marginalizados, com problemas, com dificuldades”.
“Agora, o objetivo é de
nos tornarmos acompanhantes, aproximarmo-nos das pessoas, caminhar com elas, já
não numa função tão diretiva, mas mais de acompanhar o seu processo e
desenvolvimento, aportar uma luz, aportar algo à sua vida”, explicou o
religioso.
O sacerdote Dehoniano
apresentou à congregação em Portugal o desafio do Papa Francisco, a partir da
exortação ‘Evangelium Gaudio’, de “assumir” o acompanhamento que a sociedade
“está a pedir há muito” onde o laicado afirma-se “com mais peso, mais
responsabilidade, mais formação, com mais capacidade” e há “outros problemas”,
outras formas de pobreza.
A 6.ª assembleia
nacional Dehonianos, que termina esta sexta-feira, está a ser preparada há
meses pela comissão organizadora que inovou ao apresentar um documento
preparatório a todas comunidades.
“Responderam durante
três meses e elaboramos um documento de trabalho simples que serve para
relançar os trabalhos da assembleia”, comentou o padre Manuel Barbosa.
Os Sacerdotes do
Coração de Jesus que estão em Portugal há mais de 70 anos e celebraram 50 anos
da criação da província nacional a 27 de dezembro de 2016.
CB/OC
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