GAUDETE ET EXSULTATE Alegrai-vos e exultai por ARMANDO SOARES Exortação apostólica «Gaudete et Exsultare»
GAUDETE ET EXSULTATE
Alegrai-vos e exultai por ARMANDO
SOARES * in VOZ DA MISSÃO maio 2018
Exortação apostólica «Gaudete et
Exsultare»
No dia 9 de abril o Papa
Francisco publicou uma Exortação Apostólica, dedicada à santidade: “Alegrai-vos
e exultai”. Lembra as palavras de Mateus (Mt5, 12): que convida à alegria “
quantos são perseguidos e humilhados por causa d’Ele. O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade
para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com
uma vida medíocre, superficial e indecisa, mas que sejamos perfeitos “em alternativa
ao consumismo, à pressa e à indiferença face ao outro.”
A exortação apresenta-se como
um “apelo” renovado à santidade como proposta radical de vida. O Senhor pede
tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual
fomos criados. A terceira exortação
apostólica do pontificado defende a necessidade de travar a “corrida febril” da
sociedade contemporânea para recuperar espaço para Deus e tempo para os outros.
Com efeito,“tudo se enche de palavras, prazeres epidérmicos e rumores a uma
velocidade cada vez maior; aumentando a insatisfação de quem não sabe por que
vive”. A informação superficial e sem discernimento chega até nós rapidamente
num enorme “turbilhão”. Concentramo-nos em nós mesmos, num consumismo
hedonista, nos nossos direitos e no tempo para gozar a vida”, insiste.
Francisco escreve: “Gosto de ver a santidade no povo paciente de
Deus: nos pais que criam os filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham
a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que
continuam a sorrir.”
Francisco diz que, nesta
sociedade, “volta a ressoar o Evangelho” para oferecer “uma vida diferente,
mais saudável e mais feliz”, a santidade. Esta, explica, não está reservada
apenas a algumas pessoas, mas encontra-se “por toda a parte”, nas famílias, no trabalho,
naquilo a que o Papa chama como “classe média de santidade”, inclusive “fora da
Igreja Católica e em áreas muito diferentes”. Para ser santo, não é necessário
ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a
pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de
se afastar da ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração”.
De destacar o elogio que o
Papa faz dos “estilos femininos de santidade , que se manifestaram, ao longo da
história, em “tantas mulheres desconhecidas ou esquecidas que sustentaram e
transformaram, cada uma a seu modo, famílias e comunidades com a força do seu
testemunho”. A ‘Gaudete et Exsultate’ recomenda a santidade dos “pequenos
gestos”, que impede de falar mal dos outros, olha para o pobre e reserva tempo
para a oração.
Papa Francisco indicou-nos o
caminho que Jesus nos ensinou para sermos santos: “as bem-aventuranças.” (Lc
6,21-23)
Bem-aventuranças da santidade:
«Ser pobre no coração; reagir com
humilde mansidão; saber chorar com os outros; buscar a justiça com fome
e sede; olhar e agir com misericórdia; manter o coração limpo de tudo o que
mancha o amor; semear a paz ao nosso redor; abraçar diariamente o caminho do
Evangelho mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade.» Papa
Francisco, ‘Gaudete’
Para cumprir as
bem-aventuranças, o Papa Francisco sugere aos cristãos: “a oração, a paciência,
a mansidão, a ousadia, a alegria e o bom humor.” Quando se refere à alegria o
Papa exclui as alegrias com origem nos prazeres ocasionais e passageiros, mas ,
sim à alegria que se vive em comunhão, se partilha e comunica pois “Deus ama
quem dá com alegria”(2 Cor 9, 7).
E reforça em ti as palavras do
Papa: «Não tenhas medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida nem
alegria. Muito pelo contrário, porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando
te criou e serás fiel ao teu próprio ser. Depender d’Ele liberta-nos das escravidões
e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade.» * in VOZ DA MISSÃO maio 2018 FONTE: Ecclesia
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