VATICANO Papa-sacerdotes: Proximidade deve ser chave evangélica dos sacerdotes
VATICANO
Papa-sacerdotes: Proximidade deve
ser chave evangélica dos sacerdotes
Mar 29, 2018 - 9:54
Missa Crismal iniciou
celebrações da Quinta-feira Santa
Cidade do Vaticano, 29 mar 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco
pediu hoje aos sacerdotes de Roma e de “outras diocese do mundo” que tenham na
proximidade a “chave” do seu ministério e que a manifestem no acompanhamento
espiritual, na confissão e na pregação.
“Quando as pessoas afirmam,
dum sacerdote, que «está perto» da gente, habitualmente fazem ressaltar duas
coisas: a primeira é que «está sempre» (ao contrário do que «nunca está»; deste
costumam dizer: «Já sei, padre, que está muito ocupado!»). E a outra é que sabe
ter uma palavra para cada um. «Fala com todos – dizem as pessoas –, com os
grandes, com os pequenos, com os pobres, com aqueles que não creem… Padres
próximos, que estão, que falam com todos…, padres de estrada”, enunciou
Francisco na missa crismal a que presidiu nesta manhã na Basílica de São Pedro.
“Mais do que uma virtude
particular, é uma atitude que envolve a pessoa inteira”, traduziu o Papa.
Francisco partiu da pedagogia
de Jesus como modelo de proximidade, aquele que viveu “30 anos de vida oculta”,
preferindo o caminho da “encarnação, da inculturação”, não apenas “nas culturas
distantes, mas também na própria paróquia, na nova cultura dos jovens”.
O Papa preconiza um
acompanhamento espiritual que ajude a pessoa a “dar um nome ao pecado” e “não
coloque obstáculos à sua vocação”.
Na celebração do sacramento da
reconciliação o importante é fazer o pecador “olhar em frente e não para trás”.
A homilia e a pregação são, para Francisco, os espaços em que se percebe o quão próximo de Deus na oração está o sacerdote e “do povo na sua vida diária”.
A homilia e a pregação são, para Francisco, os espaços em que se percebe o quão próximo de Deus na oração está o sacerdote e “do povo na sua vida diária”.
O Papa indicou que a
proximidade é a “chave da verdade”.
“A verdade não é só a
definição que permite nomear situações e coisas mantendo-as à distância com
conceitos e raciocínios lógicos. Não é só isso. A verdade é também fidelidade”
e o que permite ” designar as pessoas pelo seu próprio nome” antes de as
“classificar”.
Adverte Francisco para o
perigo de “fazer ídolos com algumas verdades abstratas”.
“São ídolos cómodos, ao
alcance da mão, que dão um certo prestígio e poder e são difíceis de reconhecer.
Porque a «verdade-ídolo» se mimetiza, usa as palavras evangélicas como um
vestido, mas não deixa que lhe toquem o coração”.
Indica o Papa que “os simples” ajudam a chegar a Jesus.
Indica o Papa que “os simples” ajudam a chegar a Jesus.
“Se te sentes longe de Deus,
aproxima-te do seu povo, que te curará das ideologias que te entorpeceram o
fervor. As pessoas simples ensinar-te-ão a ver Jesus doutra maneira”.
No padre que é próximo as
pessoas “não só o veem com muito apreço” mas reconhecem nele “qualquer coisa de
especial, algo que só sente na presença de Jesus”.
Aqui se percebe, sublinha
Francisco, se Jesus pertence, na vida de cada um, ao plano das ideias,
“encerrado em belas letras” ou se se faz presente “na vida da humanidade”.
“A proximidade mantida ao
longo do tempo chama-se fidelidade”, indicou o Papa. LS|Ecclesia
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