JOVENS Os Jovens de hoje e Jesus
JOVENS
Os Jovens de
hoje e Jesus: Que crédito têm as Igrejas e a Pessoa de Jesus para os Jovens de
Hoje? Sentem-se atraídos e encontram ambiente adequado para a sua fé?
sábado, 5 de maio de 2018
“Jesus existiu mesmo ou é um mito inventado pelas Igrejas? Você não acha esquisito não termos provas daexistência histórica dessa pessoa tão importante? Há apenas testemunhos apresentados de forma muito interessada e suspeita. Estou cada vez mais convencido, pela história e pelos fatos, que por trás de tudo isso há verdadeira conspiração para legitimar o poder do Cristianismo em dominar as pessoas”. (Jovem universitário, 19 anos, confessa-se agnóstico mas católico na infância).
“Jesus existiu mesmo ou é um mito inventado pelas Igrejas? Você não acha esquisito não termos provas daexistência histórica dessa pessoa tão importante? Há apenas testemunhos apresentados de forma muito interessada e suspeita. Estou cada vez mais convencido, pela história e pelos fatos, que por trás de tudo isso há verdadeira conspiração para legitimar o poder do Cristianismo em dominar as pessoas”. (Jovem universitário, 19 anos, confessa-se agnóstico mas católico na infância).
Será que não é olhar com
desconfiança para a credibilidade das instituições religiosas que anunciam
Jesus? Que crédito estão dando as doutrinas sobre Jesus?
Vejamos outro testemunho: “Não
concordo com muitas coisas dentro da Igreja. Muitos manipulam, enganam e
exploram com muitas coisas sempre repetitivas e chatas e decoradas. Considero
que Jesus foi um dos homens mais sábios que já viveu neste mundo.
Era bom, denunciava as
injustiças e sempre procurava ajudar os doentes, pobres e pecadores. Eu também
procuro ser do bem. Essa é a minha religião” (Jovem universitário de 22 anos).
Neste testemunho manifesta-se
a explícita admiração pela pessoa e traços da vida de Jesus, mas profunda
desafeição pela maneira como ele é explicado. Estes Jovens lançam um olhar
crítico para as instituições religiosas cristãs e denunciam, no dizer do
teólogo P.Libânio, os seus aspectos contraditórios e ambivalentes ou ambíguos
(Linguagens sobre Jesus, p.17).
Tem outro que critica quem
afirma sua deste jeito: “Eu sei que no dia em que ele quiser, se Jesus apenas
estalar os dedos tudo pode se modificar”. E também: “Eu não preciso
me preocupar se vou usar camisinha ou não. Quando saio de casa, sei que me
protege contra o mal, ou mesmo de gravidez indesejada”.
Têm razão de criticar quem
atribui a Deus o mal ou o bem de que a pessoa é responsável. Se não deu certo
vai dizer “porque Deus permitiu? Porque Deus não me protegeu?” É como quando o
fulano encheu a cara e se matou num acidente de mota e alguém reclama “porque
Deus levou o meu filho”? Mas eu pergunto, foi Deus ou foi a cachaça?
E o seguinte testemunho: “O
pastor dizia, a Palavra de Deus ensina que Jesus, o Filho que está sentado à
direita de Deus, vai voltar em breve no meio das nuvens. E então será o fim dos
tempos e ele julgará os vivos e os mortos. Os fiéis serão levados para o
paraíso e os infiéis irão para o fogo eterno do inferno.
Para não irmos para o
inferno tínhamos que confessar publicamente que Jesus é o Senhor e único
Salvador. Percebei que, mesmo fazendo a confissão de fé, eu continuava com as
mesmas dificuldades do dia a dia, percebi que alguma coisa estava errada na
minha Igreja.
Conheci pessoas que não
fizeram essa confissão de fé em Jesus e são pessoas maravilhosas. Quando falei
com o meu pastor sobre isso, ele me disse sem conhece-las, que eu deveria
afastar-me desses filhos das trevas e que elas seriam más companhias utilizadas
pelo diabo para desviar-me do caminho da salvação.
Meu Deus, a partir daí resolvi
me desgarrar. Eu não queira mais receber aquela lavagem cerebral” (Jovem
universitário de 22 nos, fui evangélico e hoje sou sem religião)
Temos que nos perguntar o que
vai mudando e o que tem que mudar na nova ótica de olhar a vida e o mundo
diante de uma visão inadequada aos novos tempos de hoje. Primeiro:
merece atenção a ingenuidade acrítica da leitura bíblica literal e a
compreensão infantil em relação aos processos e acontecimentos
históricos.
Toca às Igrejas cristãs
oportunizar às presentes gerações o acesso às atualizações bíblicas para os
nossos tempos, no dizer o teólogo citado P.Libânio.
Segundo: Superar a leitura
bíblica fundamentalista ou literalista que se tornou algo incontornável para a
vivência da fé no contexto atual.
Terceiro, promover a
aproximação crítica em relação às contribuições oferecidas pelo instrumental
analítico da sociologia, da filosofia, da antropologia e da nova cosmologia que
perpassa em linha transversal todas as páginas da Bíblia.
“Se isso não acontecer,
acontecerão as consequências seguintes: Diante do processo irreversível da
atual realidade cultural, as Igreja terão em seus quadros adeptos desadaptados,
infantilizados, ou, mesmo esquizofrênicos. Cristãos sem capacidade de construir
respostas adultas e pertinentes aos desafios postos pela realidade em estamos
inseridos.
Cristãos que olharão as novas
ciências com a suspeita de que são inimigas da fé cristã. Cristãos sem coragem
de construir diálogo crítico e autocrítico, condição fundamental para o
crescimento na fé cristã”. (João Batista Libânio, o.c. pag. 38)
Por isso o nosso título: Os
Jovens de hoje e Jesus: Que crédito têm as Igrejas e a Pessoa de Jesus para os
Jovens de Hoje? Sentem-se atraídos e
encontram ambiente adequado para a sua fé? (Blogue de Chapadinha)
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