MEXICO Bento XVI no México Nossa Senhora de Guadalupe – Mãe das Américas

O Papa orando perente a imagem da Virgem.
Bento XVI
Nova Basilica do Santuário.


Em 1521, a capital do Império Azteca é derrotada pelas forças de Cortez. Menos de 20 anos depois, 9 milhðes de habitantes da terra, que professaram por séculos uma religião politeísta com cruéis sacrifícios humanos, são convertidos ao Cristianismo.
O que aconteceu nestes tempos que produziram incríveis conversões e sem precedentes históricos?
Em 1531 uma “Senhora do Céu” apareceu a um pobre índio de Tepeyac, numa montanha a noroeste da Cidade do México; Ela identificou-se como a Mãe do Verdadeiro Deus, mandou-o a dizer ao Bispo que construísse um templo no lugar, e deixou Sua própria imagem impressa miraculosamente em seu Tilma, um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria deteriorar-se em 20 anos, mas não mostra sinais de deteriorização depois de 480 anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem. Aparentemente parece reflectir em seus olhos o que estava à Sua frente em 1531!
Este santuário é visitado anualmente por 10 milhões de fiéis, fazendo de Sua Basílica no México, o Santuário Católico mais popular do mundo depois do Vaticano. O Beato João Paulo II, visitou este Santuário por 3 vezes: 1979, 1990 e 1999. Ele ajoelhou-se diante de Sua imagem, invocou Sua assistência maternal e dirigiu-se a Ela como a Mãe das Américas

Bento XVI  em defesa da liberdade religiosa
Bento XVI iniciou no dia 23 03.12 a sua primeira visita ao México com apelos em favor do “direito fundamental à liberdade religiosa”, pedindo que este seja respeitado “no seu genuíno significado e na sua plena integridade”.
O Papa destacou que os católicos querem promover “uma convivência respeitadora e pacífica, assente na incomparável dignidade de toda a pessoa humana, criada por Deus.
No aeroporto internacional de Silao, Estado de Guanajuato, centro do país, o discurso papal destacou o simbolismo da região onde vão decorrer todos os momentos da visita, que acolhe “o majestoso monumento a Cristo Rei, na colina de Cubilete”, testemunhando “o enraizamento da fé católica entre os mexicanos”.
No seu primeiro discurso, o Papa deixou uma palavra particular para “os que sofrem por causa de antigas e novas rivalidades, ressentimentos e outras formas de violência”, lembrando ainda os mexicanos que “vivem fora da sua pátria nativa, mas que nunca a esquecem e desejam vê-la crescer na concórdia e num verdadeiro desenvolvimento integral”.
“Venho como peregrino da fé, da esperança e da caridade. Desejo confirmar na fé todos os crentes em Cristo e encorajá-los a revitalizá-la através da escuta da Palavra de Deus, dos sacramentos e da coerência de vida”, referiu.
Centenas de pessoas, incluindo muitos bispos e o presidente mexicano Felipe Calderón, receberam Bento XVI no aeroporto, de onde o Papa partiu num percurso de 34 quilómetros feito no papamóvel até ao Colégio Miraflores, na cidade de León, a sua residência nas três noites desta visita.
Calderón destacou a importância da visita papal a um “povo que sofreu muito”, tanto por causa de desastres naturais como pela violência dos “delinquentes”. “Bento, irmão, já és mexicano” era o grito que vinha dos presentes no aeroporto, em que se ouviu o som dos tradicionais grupos de mariachi, à medida que o Papa ia cumprimentando crianças e várias pessoas presentes. O trajecto até ao Colégio Miraflores, foi acompanhado por dezenas de milhares de pessoas. À chegada ao local, o Papa cumprimentou pessoalmente três crianças doentes, deste instituto, e um jovem, vítima de acidente de tráfico.
João Paulo II esteve  por cinco vezes. E esta foi a segunda viagem do actual Papa à América Latina, após a viagem ao Brasil em 2007 – os dois países com mais católicos em todo o mundo.

Apelos pela liberdade religiosa
O secretário de Estado do Vaticano apelou à defesa da liberdade religiosa no México, durante um jantar com os bispos locais, com a presença do presidente do México, Felipe Calderón. “É desejável que, no México, este direito fundamental se consolide cada vez mais», disse o cardeal Tarcisio Bertone, num encontro que decorreu após a celebração de vésperas, presidida por Bento XVI na Catedral de León.
“A liberdade religiosa, engloba todas as dimensões da pessoa humana, chamada a dar razão da sua própria fé e a anunciá-la e partilhá-la com outros – sem a impor – como o dom mais precioso recebido de Deus”, acrescentou.
Bento XVI e o presidente Calderón tiveram um encontro em privado, durante o qual,  o Papa abordou “brevemente” o tema da liberdade religiosa.
Desde a chegada ao país, Bento XVI lançou apelos em favor do “direito fundamental à liberdade religiosa”, pedindo que este seja respeitado “no seu genuíno significado e na sua plena integridade”.

Bento XVI despede-se pedindo paz
Bento XVI despediu-se do México, pedindo que a Igreja Católica e a sociedade civil se mobilizem a fim de garantir “uma vida digna, justa e pacífica para todos”. “Desejo renovar, vigorosa e claramente, um apelo ao povo mexicano para que permaneça fiel a si mesmo e não se deixe amedrontar pelas forças do mal”, disse, no discurso que proferiu no aeroporto de Guanajuato, meia hora antes do início do trajecto para Santiago de Cuba.
O Papa elogiou a “fé em Jesus Cristo” e a “devoção carinhosa à sua Mãe”, no México, antes de assinalar os “sinais de preocupação” que continuam a causar “tantas dilacerações”.
Nesse contexto, Bento XVI alertou contra uma “mentalidade utilitarista, que acaba sempre por sacrificar os mais frágeis e indefesos”. “A Igreja exorta todos os seus fiéis a serem também bons cidadãos, conscientes e responsáveis preocupando-se com o bem dos outros”, referiu ainda.
O Papa foi saudado pelo presidente mexicano, Felipe Calderón, que falou em “três dias de intensa emoção”. “México nunca vai esquecer sua santidade, o México vai trazê-lo sempre na alma”, afirmou. Falando numa “breve, mas intensa visita”, Bento XVI, prestes a completar 85 anos, disse levar “muitas experiências inesquecíveis”. “Queridos amigos mexicanos, digo-vos ‘adeus’ na bela expressão tradicional hispânica, ‘Ficai com Deus’. Sim, adeus; até sempre no amor de Cristo, em que todos nos encontraremos”, declarou, antes de entrar a bordo do B777 da Alitalia, perante cerca de 3 mil pessoas.
O Papa passou pelas cidades mexicanas de Guanajuato, León e Silao, na região central, uma das mais católicas do país e ligada em particular ao monumento a Cristo Rei. Bento XVI enviou um telegrama ao presidente Calderón, após deixar o México, agradecendo a hospitalidade recebida nessa “nobre nação”

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