COMECE E UE
Diálogo entre as Igrejas e a União Europeia na resposta aos desafios europeus
O contributo da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) na construção europeia foi recordado pelo Presidente deste organismo, D. Adrianus van Luyn, no início Assembleia plenária de Outono, em Bruxelas.
A União Europeia ou se fundamenta nas suas verdadeiras raízes, profundamente entranhadas na cultura e no viver de um povo com numerosas e maravilhosas tradições "cristianizadas" ou será um "bluf", porque não passará de uma teoria desencarnada, de um europeismo (sem o povo da Europa), o que poderia redundar numa tragédia. Neste sentido gostamos da posição de diálogo dos Bispos e da sua boa vontade em "colaborar" sériamente para que a UE siga por caminhos de dignidade, de humanismo sério, de fraternidade de uma "família" verdadeira. Por isso lembramos:
“A COMECE tem contribuído para a construção da “Ecdesia in Europa”. Esta certeza, afirmou o seu Presidente, “dá-nos coragem e confiança para o trabalho que se nos apresenta e que prosseguiremos com a mesma coragem e a mesma fé”.
D. Adrianus van Luyn fez uma retrospectiva dos últimos acontecimentos europeus. A eleição dos deputados para o Parlamento europeu foi um dos assuntos abordados. Este acto eleitoral levou mais de 375 milhões de cidadãos dos 27 estados membros da União Europeia às urnas. “Temeu-se, devido às críticas acerca do projecto europeu, que a participação eleitoral diminuísse. Na realidade, um total de 161,3 milhões de pessoas votaram, o que significa que 43% do eleitorado participou. Comparando com 2004, houve um decréscimo de 2,5%, apesar de nos países escandinavos e na Áustria a participação ter aumentado”, assinalou.
O presidente da COMECE saudou os 736 novos membros do Parlamento Europeu e assinalou que mais de metade dos novos membros foram eleitos pela primeira vez para estas funções, sinal de “mudança geracional” no parlamento europeu. Acerca ainda do funcionamento da UE, D. Adrianus saudou a entrada em funcionamento da nova Comissão Europeia. “Na COMECE estamos interessados em perceber de que forma e quem vai assumir posições estratégicas no futuro”, um caminho que durou 17 anos e conduziu à actual configuração da UE. “Em 1991, com 12 Estados membros, a União conta agora com 27 Estados e com poderes ampliados”.
“O peso dos votos e a tomada de decisões foi simplificada e está mais transparente”, considerou. Com nova configuração, a UE enfrenta desafios “no futuro imediato”. Os anos de descoberta do processo de construção europeia, foram também de grande importância para as Igrejas que intensificaram o seu diálogo com os Estados membros. A COMECE acredita que o diálogo entre as Igrejas e a UE deve tentar responder aos desafios europeus.
“A nossa missão enquanto membros da COMECE é tentar introduzir nas políticas europeias o espírito de Jesus que se aplica a todos igualmente”. Um diálogo aberto é necessário, o que significa que ouvir é tão importante como falar, considerou. “A abertura é também importante para os processos políticos que se avizinham”. D. Adrianus questionou o contributo da COMECE neste diálogo. “Que contributo é esperado? Onde é que as nossas palavras e experiências fazem a diferença? Onde devemos intervir na construção do Bem Comum, para a paz e maior justiça?”.
Desafio identificado no discurso de abertura foi ainda as alterações climáticas, concretamente, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Copenhaga, em Dezembro. “Não houve consenso em Copenhaga no protocolo que deveria suceder a Quioto. Mas deverá ser possível chegar a um entendimento político e a claros objectivos, que deverão depois conduzir, ao longo de 2010, a um novo protocolo em Bonn ou no México”.
Apesar dos esforços desenvolvidos pelo Presidente americano Barack Obama, assinalou D. Adrianus, “continua sem se entender qual o compromisso dos países desenvolvidos no combate às alterações climáticas”.“Sem um compromisso efectivo, em especial da China que é actualmente um dos maiores emissores, não será possível combater as alterações climáticas de forma efectiva”, assinalou o Presidente da COMECE. Durante o diálogo, com vista à Declaração de Copenhaga, a COMECE debateu-se pelos interesses das gerações futuras e das pessoas nos países em vias de desenvolvimento.
A COMECE está numa posição eminentemente positiva perante um tipo de União que se esforça por afastar a religião e Deus das suas intenções e nas suas relações e orientações. Isto levará mesmo ao fracasso. Tememos, mas temos confiança na capacidade e bom senso dos nossos dirigentes. A tolerância é uma virtude mas só quando não atraiçoa a posição vertical do homem. As leis humanas contrárias à dignidade do homem regido pela lei natural nem se classificam de "ser moderno" , o que seria um obscurantismo "cego" e provocaria a própria natureza. E é certo que esta se vinga das "asneiras" do homem a que chamam modernices. Vinga-se e de que maneira!
O contributo da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) na construção europeia foi recordado pelo Presidente deste organismo, D. Adrianus van Luyn, no início Assembleia plenária de Outono, em Bruxelas.
A União Europeia ou se fundamenta nas suas verdadeiras raízes, profundamente entranhadas na cultura e no viver de um povo com numerosas e maravilhosas tradições "cristianizadas" ou será um "bluf", porque não passará de uma teoria desencarnada, de um europeismo (sem o povo da Europa), o que poderia redundar numa tragédia. Neste sentido gostamos da posição de diálogo dos Bispos e da sua boa vontade em "colaborar" sériamente para que a UE siga por caminhos de dignidade, de humanismo sério, de fraternidade de uma "família" verdadeira. Por isso lembramos:
“A COMECE tem contribuído para a construção da “Ecdesia in Europa”. Esta certeza, afirmou o seu Presidente, “dá-nos coragem e confiança para o trabalho que se nos apresenta e que prosseguiremos com a mesma coragem e a mesma fé”.
D. Adrianus van Luyn fez uma retrospectiva dos últimos acontecimentos europeus. A eleição dos deputados para o Parlamento europeu foi um dos assuntos abordados. Este acto eleitoral levou mais de 375 milhões de cidadãos dos 27 estados membros da União Europeia às urnas. “Temeu-se, devido às críticas acerca do projecto europeu, que a participação eleitoral diminuísse. Na realidade, um total de 161,3 milhões de pessoas votaram, o que significa que 43% do eleitorado participou. Comparando com 2004, houve um decréscimo de 2,5%, apesar de nos países escandinavos e na Áustria a participação ter aumentado”, assinalou.
O presidente da COMECE saudou os 736 novos membros do Parlamento Europeu e assinalou que mais de metade dos novos membros foram eleitos pela primeira vez para estas funções, sinal de “mudança geracional” no parlamento europeu. Acerca ainda do funcionamento da UE, D. Adrianus saudou a entrada em funcionamento da nova Comissão Europeia. “Na COMECE estamos interessados em perceber de que forma e quem vai assumir posições estratégicas no futuro”, um caminho que durou 17 anos e conduziu à actual configuração da UE. “Em 1991, com 12 Estados membros, a União conta agora com 27 Estados e com poderes ampliados”.
“O peso dos votos e a tomada de decisões foi simplificada e está mais transparente”, considerou. Com nova configuração, a UE enfrenta desafios “no futuro imediato”. Os anos de descoberta do processo de construção europeia, foram também de grande importância para as Igrejas que intensificaram o seu diálogo com os Estados membros. A COMECE acredita que o diálogo entre as Igrejas e a UE deve tentar responder aos desafios europeus.
“A nossa missão enquanto membros da COMECE é tentar introduzir nas políticas europeias o espírito de Jesus que se aplica a todos igualmente”. Um diálogo aberto é necessário, o que significa que ouvir é tão importante como falar, considerou. “A abertura é também importante para os processos políticos que se avizinham”. D. Adrianus questionou o contributo da COMECE neste diálogo. “Que contributo é esperado? Onde é que as nossas palavras e experiências fazem a diferença? Onde devemos intervir na construção do Bem Comum, para a paz e maior justiça?”.
Desafio identificado no discurso de abertura foi ainda as alterações climáticas, concretamente, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Copenhaga, em Dezembro. “Não houve consenso em Copenhaga no protocolo que deveria suceder a Quioto. Mas deverá ser possível chegar a um entendimento político e a claros objectivos, que deverão depois conduzir, ao longo de 2010, a um novo protocolo em Bonn ou no México”.
Apesar dos esforços desenvolvidos pelo Presidente americano Barack Obama, assinalou D. Adrianus, “continua sem se entender qual o compromisso dos países desenvolvidos no combate às alterações climáticas”.“Sem um compromisso efectivo, em especial da China que é actualmente um dos maiores emissores, não será possível combater as alterações climáticas de forma efectiva”, assinalou o Presidente da COMECE. Durante o diálogo, com vista à Declaração de Copenhaga, a COMECE debateu-se pelos interesses das gerações futuras e das pessoas nos países em vias de desenvolvimento.
A COMECE está numa posição eminentemente positiva perante um tipo de União que se esforça por afastar a religião e Deus das suas intenções e nas suas relações e orientações. Isto levará mesmo ao fracasso. Tememos, mas temos confiança na capacidade e bom senso dos nossos dirigentes. A tolerância é uma virtude mas só quando não atraiçoa a posição vertical do homem. As leis humanas contrárias à dignidade do homem regido pela lei natural nem se classificam de "ser moderno" , o que seria um obscurantismo "cego" e provocaria a própria natureza. E é certo que esta se vinga das "asneiras" do homem a que chamam modernices. Vinga-se e de que maneira!
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