Juventude em ponte com a Igreja

Falar ou escrever sobre a juventude não é nada fácil e é muito fácil até deslizar e apresentar preconceitos que nos põem fora da realidade A juventude é uma faixa etária, como o são a infância, a adolescência, a velhice ou a última idade. No nosso país, neste Portugal católico e antigamente florido de crianças e flores, hoje é mais forte o número de adultos. Adultos que conservam os seus valores  universais e adultos cujos valores se pautam pelo poder, pelo prazer, pelo materialismo, pela modernice quanto mais parva melhor. Adultos no vestuário e na idade e que até querem ser considerados jovens eternos.
A vida do jovem é caracterizada pelo género, o nível social e a cultura do agregado familiar e comunitário. O meio ambiente em que os jovens crescem e, sobretudo o humano, o nível cultural das famílias onde cresceram, a economia, o ambiente social e comunitário, são dados que ajudam a identificar os jovens. Uma marca distintiva das sociedades desenvolvidas e pós-industriais é a complexidade social. Todos nós, e os jovens também, vivemos numa sociedade onde nada é simples, onde tudo é complexo, fruto de múltiplos e contraditórios interesses e forças. Onde tudo poderia ser configurado de forma diferente. Os jovens de hoje nasceram e cresceram numa sociedade onde não há centros claros, mas em todos os aspectos da vida há uma forte complexidade. A religião, como firmeza de um destino que volta à chegada no seu próprio início – Deus.  Insulta-se, louva-se, o outro com facilidade e uma mudança repentina de atitude. O outro tanto é o eu, como aquele que sói atacar-se como inimigo a abater. E a paz almejada por todos para fazer algo de útil exige a religião. Exige o diálogo inter-religioso. Exige aceitar regras e normas, que orientam a vida. Exige que se joguem fora as tragédias da droga.
A Igreja tem-se preocupado com os jovens. Viu-os afastar-se neste últimos anos de consumismo e de maçonaria. João Paulo II fundou os Dias Mundiais da Juventude que têm juntado milhões de jovens à volta do Papa. E os Papas, quer João Paulo II, quer Bento XVI, carinhosamente lhes têm falado da verdadeira santidade e da verdadeira felicidade que só têm um sentido – Deus na vida. A Igreja tem muito para dar aos jovens. O difícil é o como convencê-los a não terem medo de se aproximarem dela. Falta também da parte da Igreja o empenho dos seus bispos e sacerdotes, já de mais que meia idade,  compreender os jovens onde eles se encontram: sociedades recreativas e de lazer, dificuldades em abordar temas como a sexualidade, a política, a economia, a caridade, a paz, a luta contra a pobreza, a opção pelos pobres, que é o mundo em que muitos vivem, as exigências prescritas por Jesus Cristo no Evangelho. Como fez Jesus, a Igreja é que tem de interpelar os jovens. São necessárias propostas credíveis. Sobretudo os jovens acreditam mais no que se vive e no que se faz do que no que se diz. Por o melhor meio de evangelizar, também a juventude, é o testemunho. O Evangelho apresenta Deus com figuras que agradam aos jovens como o Bom, o Belo, o Amável. Deus é Amor, é Alegria, é Paz, são as melhores definições de Deus. E são um estímulo que torna mais credível o exemplo e a Palavra de Jesus Ressuscitado quando nos fala do Pai Criador, presente em todas as suas obras. Nos humanos e na Natureza.

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