2014: Ano Internacional da Agricultura Familiar

Ano Internacional da Agricultura Familiar
Juntamente com outros tipos de agricultura de pequena escala, a chamada agricultura familiar está em crescimento no mundo. A crise económica que estalou em 2008 e cujas consequências se traduziram no empobrecimento de milhões de pessoas, com ondas de choque que ainda hoje estamos a sentir, não é alheia ao fenómeno: na base, ele representa a subsistência de milhões de famílias. Nas contas da Organização das Nações Unidas (ONU), há cerca de 500 milhões de pequenas propriedades agrícolas no mundo, e em mais de 90 países, sobretudo em vias de desenvolvimento, esta agricultura familiar representa 7º por cento do feijão produzido localmente, ou 87 por cento da mandioca ali cultivada e consumida.

Por outro lado, este tipo de agricultura de pequena escala é uma importante alternativa, mais ecológica e sustentável, às monoculturas e culturas extensivas, que utilizam grandes quantidades de pesticidas e herbicidas (que acabam nos rios, no mar e na nossa comida) e empobrecem drasticamente os solos. Tudo boas razões para a ONU ter declarado este o ano Internacional da Agricultura Familiar, que assim ganha também maior visibilidade e estatuto

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